Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 1,65%, o tecnológico Nasdaq recuou 2,45% e o alargado S&P500 progrediu 1,83%.
Segundo o índice de preços no consumidor (IPC), divulgado hoje, a inflação homóloga nos EUA voltou a acelerar em dezembro, pelo terceiro mês consecutivo, para 2,9%, depois dos 2,7% de novembro, em linha com as previsões recolhidas pela Bloomberg.
Mas, em termos mensais, a inflação subjacente, que exclui componentes voláteis, como os preços da energia e da alimentação, travou, ao subir 0,2%, abaixo dos 0,3% que os economistas previam, o que representava a estabilidade do indicador.
Os preços no consumidor "permitiram muito alívio", desde logo porque a inflação subjacente, em baixa anual, "diminuiu pela primeira vez desde julho, o que contribuí para reforçar as expectativas de manutenção da tendência de baixa", analisou Angelo Kourkafas, da Edward Jones.
A informação do dia "deixam potencialmente a porta aberta a uma descida da taxa de juro da Reserva Federal" (Fed), no primeiro semestre, acrescentou.
Desde h+a vários dias que os investidores estavam inquietos com a possibilidade de a inflação voltar a subir na primeira economia mundial, o que levaria a Fed a travar a sua política de alívio monetário.
Outro facto da subida das cotações veio dos resultados trimestrais apresentados pelos grandes bancos, que mostraram uma tendência de subida, graças às atividades de mercado e ao segmento da banca de investimento.
"Os bancos, que estão muito ligados à saúde da economia e que podem potencialmente beneficiar da desregulamentação e da política do novo governo, são uma boa confirmação de que podemos enfim ter um alargamento da liderança do mercado além das mega capitalizações tecnológicas", considerou Angelo Kourkafas.
Das valorizações no setor financeiro destacam-se as dos bancos Wells Fargo (+6,69%), Citigroup (+6,49%), Goldman Sachs +(6,02%) e JPMorgan Chase (+1,97%). Na sua pista, a Blackrock, a maior gestora de ativos do mundo, que conheceu um quarto trimestre e um 2024 recorde, terminou a sessão com um ganho de 5,19%.
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