
Kim Kardashian perdoou, esta terça-feira, o alegado mentor do assalto de que foi vítima em 2016. A socialite norte-americana testemunhou, num tribunal de Paris, no caso do roubo que sofreu à mão armada no seu quarto de hotel, na capital francesa.
"Eu pensei mesmo que ia morrer", contou Kim Kardashian em tribunal, recordando o choque e o medo que sentiu durante o ataque.
Os suspeitos terão roubado cerca de 10 milhões de dólares em joias (cerca de 8,9 milhões de euros), depois de invadir o quarto de hotel onde Kim Kardashian estava hospedada para a Semana da Moda de Paris. Entre as joias roubadas está o anel de noivado de 4 milhões de dólares (cerca de 3,5 milhões de euros) oferecido por Kanye West, o seu então marido na altura. Em tribunal, esta tarde, a empresária de 44 anos chorou enquanto relatava o ataque.
"Nós íamos embora na manhã seguinte, então estava a arrumar as minhas coisas, eram cerca três da manhã. Ouvi uns passos pesados nas escadas", revelou, acrescentando que viu, de seguida, homens com fardas da polícia a entrarem no seu quarto.
"Depois ouvi um dos homens dizer de forma agressiva 'ring! ring!' em inglês, com sotaque, a apontar", disse.
Kim Kardashian contou que, quando os assaltantes a atiraram para a cama e um deles lhe agarrou a perna, temeu ser violada. "Mas ele acabou por me amarrar e fechou as minhas pernas", explicou. Durante o ataque, um dos homens manteve uma arma apontada à socialite.
"Eu perdoo-te"
Houve um momento inesperado em tribunal, quando uma carta de desculpas escrita pelo réu de 69 anos, Aomar Ait Khedache, apelidado de "Omar o Velho", que já não consegue falar, foi lida. Em lágrimas, Kim revelou ter ficado emocionada com o gesto.
"Eu aprecio a carta, sem dúvida, eu perdoo-te", afirmou, olhando para aquele que terá sido o mentor do assalto. "Mas isso não muda os sentimentos nem o trauma, nem o facto de a minha vida ter mudado para sempre, mas agradeço a carta, obrigada", declarou.
O homem negou, em tribunal, ter sido o chefe do grupo responsável pelo assalto. A resposta de Aomar às palavras de Kim foi também lida em tribunal: "O teu perdão é um raio de sol que me iluminou. Sou eternamente grato".
No total, nove homens e uma mulher estão a ser julgados pelo assalto. Cinco deles – todos homens – são acusados de roubo à mão armada e sequestro. Podem vir a ser condenados a prisão perpétua. Os outros são acusados de cumplicidade no assalto ou de posse de arma. Quase todos os suspeitos estão na casa dos 60 e 70 anos.