![A mulher que sempre foi a](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
António Zambujo foi o primeiro 'alvo' do podcast O Animal Que Ri, que se compromete, ao comando de Carlos Vidal, a aliar o humor às histórias de vida de vários rostos famosos. Nesta primeira conversa, o cantor alentejano foi o convidado de honra e, entre vários assuntos, recordou alguém que lhe é muito especial: a avó.
"Sempre foi a minha maior inspiração", começou desde logo por dizer o artista que dá voz a canções de sucesso como Pica do 7 ou Catavento da Sé. "Na minha geração, a maior parte das crianças era criada com os avós, porque os pais passavam o tempo a trabalhar. Ter passado a infância com a minha avó foi uma sorte", confidenciou o artista.
Mais mais do que "uma sorte", segundo as palavras de António Zambujo, foi mesmo "um privilégio muito grande" ter a oportunidade de crescer ao lado desta mulher. "Fazia-me sentir a vida de uma forma muito leve, sentir-me protegido, mimado", contou, revelando que a avó teve também impacto na forma como começou a aproximar-se da música.
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"Ela sabia as músicas todas por tradição oral, aquelas coisas que iam passando dos pais para os filhos, ela sabia as letras todas, sabia os versos, ensinava-me e eu depois ouvia os homens a cantar na taberna e já sabia como os acompanhar, como cantar com eles", recordou o cantor, 'viajando', ao lado de Carlos Vidal, pelas suas memórias de criança.
Na conversa, o músico, mencionou ainda o facto de a avó nunca cantar os versos que durante anos lhe ensinou. A razão? "Quando nasci, estava de luto pelo marido, depois colou com o luto dos pais, depois teve um irmão também. Só muito pouco tempo antes de ela morrer é que eu vi a minha avó usar ou pedir para lhe comprarem um 'cinzentinho'", relembrou ainda, por fim.