Em uma conversa no podcast ‘Voz de Cama’, transmitido na Antena 3, a atriz e apresentadora Teresa Guilherme, de 69 anos, abordou temas íntimos como sua preferência por homens mais novos, o uso de brinquedos sexuais e a menopausa tardia, que ela descreveu como “a fase da maluqueira”. Teresa começou por falar sobre a repercussão de sua sinceridade, especialmente no que diz respeito à sua preferência por homens mais jovens: “Ligava-se muito ao facto de eu assumir que gostava de homens mais novos. E as pessoas implicavam muito com essa minha sinceridade, eu não me escondia. Não havia esta perseguição tão mediática porque não havia Net, a minha vida provavelmente teria sido diferente. Havia uma curiosidade em relação a uma pessoa que vivia de uma forma pouco usual”, revelou.
Sobre sua decisão de não ter filhos, Teresa afirmou: “Sempre disse que não queria ter filhos e não tive. Hoje em dia, mais do que na minha altura, há esse peso e essa culpa para cima das mulheres que não querem ser mães. É um desejo, uma grande vontade e uma missão, é talvez a mais bonita que uma mulher possa ter. Não me arrependo de não ter tido filhos, porque não sou de me arrepender de nada”.
“Os homens mais velhos dão muito trabalho”
Também não se arrependeu das suas relações com homens mais novos, como foi o caso de Henrique Dias, guionista da série ‘Pôr do Sol’, com quem se casou e divorciou em 2008. “Quando me casei tive que fazer uma conferência de imprensa para explicar tudo, quem era, porque não largavam o pobre do Henrique, era uma perseguição. Sempre achei que ele era genial e continuo a achar. Os homens mais velhos dão muito trabalho. Eu sempre fui maternal. Eu fui produtora, as produtoras são maternais em relação a tudo e a todos”, afirmou.
Teresa também falou sobre sua experiência com a menopausa, uma fase que considera ser de grande provação para muitas mulheres. “A menopausa é muito importante que se fale dela porque é uma fase da nossa vida de grande provação”, iniciou. Explicou que fez menopausa muito tarde, aos 57 anos, e revelou: “Não tive afrontamentos, foi uma grande sorte, mas tive a maluqueira, dá uma maluqueira… Uma maluqueira muito perigosa em que se tomam decisões erradas. Não reconhecemos a nossa identidade. Eu não me reconhecia, não sabia quem era aquela mulher. De facto há uma enorme confusão. É a mesma coisa que acontece aos adolescentes, mas em mau”.
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A apresentadora também comentou a visão social sobre a menopausa e a ideia de que muitas mulheres são sexualmente “mortas” após essa fase. “Eu andei nos naturopatas, mas os médicos não dão muita importância a isso, porque para eles é uma coisa natural. As pessoas acham que fechou a loja. Não pode ser porque não faz bem. Não faz bem à cabeça, não faz bem aos nossos sentimentos, nem à nossa autoestima“, concluiu