TV 7 Dias ­− Teve vários meses muito intensos de trabalho. Como é que se sente atualmente?

Cláudio Ramos ­− Sinto-me bem e feliz porque é mais uma etapa concluída. Estou meio cansado, mas é normal depois de duas temporadas seguidas a fazer reality e manhãs, mas nada do outro mundo e nada que não aconteça na maioria das profissões.

Este Big Brother exigiu mais de si?

Este BB colou com o Desafio Final que fiz de Janeiro a Março e isso é exigente, embora a mim todos os formatos exijam muito, e este BB não foi exceção, à medida que os formatos avançam a exigência é maior porque quem assiste e se inscreve já não vai às cegas.

Quais foram as principais dificuldades com que teve que lidar durante a condução do formato?

As mesmas que noutras edições. Todos os concorrentes me exigem muito, porque só fazendo um reality com detalhe e pormenor, acompanhando tudo a toda a hora, se consegue fazer bem feito. Fisicamente eu preciso de foco sem me desviar dele para aguentar o ritmo.

Alguma vez pensou em desistir?

Não!! Que disparate. Desistir de uma coisa que quis a vida toda? Desistir de apresentar o maior programa de televisão do mundo? Desistir de estar, aos 52 anos, na primeira linha do que se faz na televisão em Portugal? Não sou essa pessoa até porque a ingratidão não faz parte da minha maneira de estar nesta vida, e seria tremendamente ingrato tanto para quem me confia os projetos como para o público que me acompanha.

As audiências deste Big Brother estiveram aquém do esperado. Como é que o Cláudio encara estes resultados?

Não sei o que quer dizer com ‘aquém’ do esperado porque a mim nunca ninguém me disse isso e não o senti assim. Mas é óbvio que os números deste não foram iguais aos que fiz anteriormente. A verdade é que não sou tonto e o facto de a SIC ter estreado um reality como o Casados, que, pela primeira vez, é encarado como tal, gerou curiosidade. Até aqui os Casados eram uma ‘experiência social’, agora o programa é assumidamente um reality com tudo o que um formato de reality tem. Existe, pela primeira vez, concorrência de verdade e isso acrescenta curiosidade. Eu sempre achei a vida toda que a concorrência é saudável. Não fico nada abalado com isso e, feitas as contas, vencemos a maioria das Galas de domingo, fizemos ótimos resultados nos Especiais da noite, por isso eu estou satisfeito com o que fiz, se queria mais? Quero sempre mais!

A que é que atribui o insucesso desta edição?

Jamais diria que esta edição foi um insucesso. Jamais! Só quem está alienado do que se passa dentro da televisão pode achar isso. Diria talvez que os que fizemos anteriormente foram um mega sucesso.

Sente algum tipo de pressão, por parte da direção, para alterar a forma como conduz o programa?

Não! Nunca a minha direção me pressionou por causa de números e nunca me disseram como devo ou não conduzir o programa. Se me entregam nas mãos o formato é porque confiam, sabem quem sou eu e como trabalho.

Qual dos concorrentes é que mexeu mais com o seu sistema nervoso e porquê?

Com o meu sistema nervoso e aos 52 anos mexe algum problema meu, com a minha filha ou com os meus familiares e amigos, não os concorrentes do BB que, apesar de gostar muito deles não me tiram o sono. Eu tenho muito presente que aquilo é um programa e eles também. O que acontece no estúdio e na casa fica no estúdio e na casa.

Sente que foram ultrapassados limites por parte de que concorrente?

Eu já ali estive dentro sei que é difícil. Se gostei de tudo o que fizeram? Não. Mas nenhum em especial e fui dizendo isso a eles e ao público. Mas não sejamos hipócritas, queremos gente real ou disfarçada de politicamente correta? Eu escolho a primeira resposta. E quem me acompanha sabe que se tenho alguma coisa a dizer, digo-lhes a eles e em direto.

Considera que ficou alguma sanção por ser dada? E dou o exemplo das últimas discussões protagonizadas por Luís e Manuel Rodrigues.

As sanções são decididas e aplicadas pelo Big e eu não só não as questiono como as respeito a todas.

Leia a entrevista completa na edição em banca!

Texto: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt) Fotos: Arquivo Impala e Divulgação TVI