Marco Paulo faleceu na manhã de 24 de outubro na sequência de uma longa batalha oncológica. O cantor foi visto com vida na sua cama por volta das cinco da manhã, mas, duas horas depois, já estava morto.
A triste descoberta coube à fiel governanta Laurinda, que trabalhava para o cantor há mais de 30 anos.
“Foi a Laurinda quem o encontrou sem vida. Tinha estado no quarto duas horas antes e ele ainda abriu os olhos, mas quando regressou às sete da manhã ele já estava sem vida”, revelou uma fonte próxima da família à ‘TV Guia’.
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Família de sangue sem direito a nada
Após a morte de Marco Paulo, detalhes sobre o seu testamento e o património começaram a ser divulgados. No seu testamento inicial, o cantor destinou ao compadre António Coelho (Toni), e o seu afilhado, Marco António (Marquinho).
Quem ficou de fora foram os familiares de sangue, surpreendendo muitos, incluindo o próprio irmão.
“A minha primeira reação foi: ‘Já? Ainda agora ele morreu… Estão a falar a sério? Não acredito. Se assim é, foi um ingrato, esteve muito mal. A família toda esteve com ele até ao último minuto de vida dele, só não fez por ele o que não pôde. Nunca esperei. Nunca ninguém da família lhe fez mal ou o tratou mal, antes pelo contrário’”, revelou Ernesto Simão, irmão mais velho do cantor, à ‘Nova Gente’.
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O herdeiro inesperado
Porém, a grande surpresa chegou mesmo em Novembro quando foi revelado ao público que afinal Marco Paulo teria deixado 10% da sua fortuna a Eduardo Ferreira. Uma alteração feita em 2023 envolta em secretismo, sendo que a amiga do cantor, Tita Gameiro, foi proibida de informar Toni da mesma.
Bombeiro sapador de Braga, Eduardo Ferreira tornou-se amigo de Marco Paulo após a visita deste ao quartel em 2021, na sequência de um vídeo dos bombeiros a cantar um tema do intérprete que se tornou viral.
A partir daí, o cantor passou a visitar Braga com frequência e chegou até considerar comprar uma casa na cidade para estar mais perto do amigo.
“O Marco aqui era feliz, quando se ia embora para casa dizia-me: ‘Lá vou eu para as Carmelitas, para as clausuras’. Chorava e queria volta. Disse-me que se melhorasse do cancro gostava muito de vir viver para Braga. Cá era livre e feliz. Encaixou com isto, adorava este ambiente, este mundo diferente”, revelou o bombeiro à ‘TV Guia’.
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Amigo ou Amante?
A partir de toda esta situação, começou a especular-se qual seria a natureza da relação de Marco Paulo e Eduardo Ferreira. No ‘Dois às 10’, Cinha Jardim, amiga de longa data do cantor, deu que falar: “Não era namorado do Marco Paulo, era a pessoa que o Marco Paulo, neste momento, e há três anos para cá, se sentia melhor e se divertia muito. Daí a ser namorado, vai um grande passo. (…) Era um amigo colorido, com muitas cores, que ele tem os olhos azuis muito bonitos. Mas era um amigo colorido para o Marco Paulo”, fez saber.
Surpreendido com este mediatismo novo, Eduardo Ferreira negou qualquer interesse material na amizade com o cantor e deixou bem claro que não era amante do mesmo.
“Como nós nos dávamos muito bem e ele vinha cá muitas vezes, eu ouvia muitas bocas, até de colegas meus, bombeiros. Já estava habituado e nunca liguei nenhuma a isso. Mas quero que fique muito claro que nós éramos mesmo só amigos. Não inventem coisas onde não existem. O Marco vinha a minha casa muitas vezes e conhecia muito bem a minha mulher e o meu filho”, frisou em entrevista à ‘Nova Gente’.
Mas não é só a existência de um novo herdeiro que causa surpresa nesta história. Também o próprio património do cantor tem sido bastante discutido.
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Afinal, quanto é que os herdeiros vão receber?
Inicialmente falava-se em 60 a 80 milhões no banco e uma frota de carros de luxo. Já no imobiliário, era relatado que o cantor detinha uma quinta em Sintra, que servia como residência principal, e uma moradia no Algarve, localizada na região sul de Portugal. Além disso, o cantor era proprietário de dois apartamentos em Sesimbra, na costa alentejana, e dois apartamentos na Costa da Caparica, perto de Lisboa. No estrangeiro, Marco Paulo alegadamente possuía ainda uma moradia em Miami, EUA, e um apartamento em Paris, França, complementando seu portfólio de propriedades de luxo.
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No ‘V+ Fama’, Adriano Silva Martins adiantou que os apartamentos no estrangeiro e os carros já terão sido vendidos, já que na fase final da sua vida o cantor gastou muito dinheiro em tratamentos. Por sua vez, as propriedades em Portugal têm um valor de mercado que ronda os seis milhões de euros segundo a revista ‘Sábado’.
De momento, o inventário está a ser apurado e em janeiro de 2025, os três herdeiros irão se reunir. Recorde-se que Toni e Marquinho ficaram com 45% cada do património.