Domingos José deu uma entrevista exclusiva à TV 7 Dias no seguimento de ter sido expulso do Casados à Primeira Vista por um telefonema polémico em que falou de Isa e Raquel.

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Falando da sua expulsão, que acontece na sequência de uma conversa telefónica sua…
Podiam ter evitado. Era preferível chegar a mim e dizer assim: ‘Domingos, temos aqui uma situação que não queremos que se repita. Você estava com o microfone e não queremos ouvir mais esta situação. Ou diz que quer sair, ou então, para dizer isto, é melhor estar calado. Não diga isso, porque nós não queremos ter gravações destas aqui’. E eu pedia desculpa e dizia que ia ter mais cuidado ou que ia pensar mais seriamente em sair. Podiam ter tido essa amabilidade, até porque eu fui muito bem tratado. Quando isso aconteceu, convidaram-me para ir para um hotel, queriam uma entrevista minha, e eu disse que não fazia entrevista nenhuma.

Em que momento é que o convidaram para ir para o hotel?
Após a expulsão. Queriam entrevistar-me e eu disse ‘não, o programa termina aqui, daqui já não levam mais sangue. Vocês o que é que querem agora? Esmiuçar? Não, aquilo que vocês pensam, eu já pensei’. Eu disse logo que os ia pôr em tribunal, porque já não faço parte do programa. ‘Mas venha para um hotel e você depois pensa, amanhã fazemos uma entrevista. Não, não, não, vamos para o apartamento, para pegar nas coisas e ir embora’. Entretanto, estava na carrinha, vem a diretora da produção e a psicóloga para falarem comigo. ‘Nós queríamos que o Domingos desse uma entrevista para desanuviar a situação. Vocês tiveram a faca e o queijo na mão para poderem desanuviar. Não é eu agora vir pedir desculpa ao povo português porque me portei mal’. Eu portei-me mal? A partir do momento em que me dizem para me retirar, porque iam entrevistar a minha noiva, eu tenho o direito de ir ao quarto de banho e alguém me telefonar. Tanto que disse que, dali, só saía para ir apanhar o comboio e ir embora.

Portanto, queriam fazer render a sua participação?
Exatamente, ainda queriam mais uma entrevista, queriam que eu fosse para o hotel e eu disse que não ia para hotel nenhum. Queriam a seguir que eu fosse dormir para o apartamento e que punham a Isa noutro lado, e no outro dia eu ia ser filmado a fazer as malas. Eu disse ‘a fazer as malas, com ar de quê? De coitadinho? Não, eu vou sair estilo pavão e vou continuar a pôr as minhas fotografias sempre bem-disposto’.

Mas o que é que aconteceu?
Eu não fiz nada para ser expulso. Eu apenas fui expulso por uma situação que nada tem a ver com o programa. Eu fui dispensado porque iam entrevistar a noiva e, entretanto, recebo uma chamada telefónica de um amigo. Perguntou-me sobre o casamento e eu disse: ‘Qual casamento? Não vai dar nada para mim, o casamento já acabou há muito tempo’. E depois eu disse: ‘Entraram mais dois casais, uma tipa de Vizela, ele é de Braga, entrou um indivíduo que já é repetente, mas olha a gaja’ – estou a falar assim porque estou a falar para um amigo – ‘a gaja até é bonita, ela até vive perto da minha casa, até já me convidou para ir dançar’ e ainda disse ‘tenho de me fazer ao bife’. Passado uma semana ou duas vem com a treta de que eu não estava integrado no conceito do programa porque tinham uma gravação em que eu não estou a ser gravado, embora tivesse o microfone ligado. Mas é uma conversa privada. Não há vídeo, só há áudio, e eu tenho o direito de falar com quem quiser. Depois, sou confrontado com aquilo. Perguntei logo onde é que estava o vídeo e disse que não podiam passar aquilo porque, juridicamente, perdem a questão.

Como se sentiu ao ver que eles passaram o áudio?
Senti-me estupefacto e traído, até porque eles foram previamente avisados para não o fazerem. Considero também que isto tudo não passou de uma cilada porque, inclusive, deram à Isa o conhecimento de causa e não a mim. Por isso, foi-me feita uma cilada. Houve ali um complô e eu fui o último a saber.

Mas vai avançar para a justiça?
O meu advogado já sabe o que quero. Ganhando a questão, eu quero o contrato todo até ao fim, porque eu não pedi para sair. Foram eles que me eliminaram e se perdem em tribunal o contrato não termina ali, mas no final. Além de uma indemnização que vou pedir, porque há os danos morais.

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Texto: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); Fotos: Divulgação SIC, Impala e DR