Pedro Barros foi convidado do programa Dois às 10, da TVI, esta quinta-feira, dia 19 de dezembro. Ao longo da conversa com Cláudio Ramos e Cristina Ferreira, o ex-concorrente de A Quinta falou sobre a morte da mulher após uma luta contra um cancro no útero.
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Bruna perdeu a vida no dia 15 de novembro depois de cerca de um ano e meio a lutar contra a doença. O ex-concorrente do reality show referiu que a companheira começou a ficar debilitada, mas sempre teve esperança de vencer o cancro. “Foi um choque, nem percebi bem o que tinha acontecido (…) aquela pessoa fazia uma falta enorme, a mãe dos meus filhos, a minha metade”, começou por dizer.
Pedro entrou num “luto precoce”
E continuou: “Ela foi operada, tudo correu bem depois da recidiva os próprios médicos avisavam que aquele tumor era extremamente agressivo. Começou a ficar debilitada, começou a cair, começou a perder a motivação da vida”, afirmou, emocionado. Pedro revelou também que entrou num “luto precoce”: “Os médicos chamavam-me à parte (…) a Bruna possivelmente nem tinha três meses de vida (…) comecei a entrar numa espécie de luto precoce”.
“Durante o processo houve muitas fases em que tivemos esperanças”, confessou. “Eu sabia que ela muitas vezes estava em negação (…) à morte a porta é inacreditável”, disse, acrescentando que a mulher nunca soube que a sua espetativa de vida eram apenas três meses. “Ela percebeu que as coisas realmente estavam a complicar, queria criar a sua esperança, a sua ideia de que ia conseguir”.
O ex-concorrente do reality show contou que se foi “muito abaixo”. “Eu fui muito abaixo e ela perdeu muita força. Eu comecei a chorar muito (…) estava a definhar, a emagrecer dia após dia”, afirmou, acrescentando que nessa altura começou a pensar no futuro e nos filhos. “Aquilo que ela transmitia aos médicos do IPO eram os filhos”.
A reação dos filhos
Sobre a reação das crianças ao verem a mãe hospitalizada, Pedro revelou: “Eles foram-se habituando à imagem da mãe”. Depois do velório e do funeral, decidiu contar aos filhos sobre a partida de Bruna: “Eu não conseguia olhar para eles, não conseguia contar e houve uma altura que tive de contar. Eles estavam a estranhar, eles percebem“.
“As crianças ficam sem jeito, ficam estranhas com a situação. Eles não percebem bem o contexto da morte, eles continuam a pedir para ligar a mãe, a fazer desenhos para a mãe”, lamentou, em lágrimas.
O telefonema para Bruna
Pedro confessou ainda que, depois da morte de Bruna, tentou ligar para a mulher: “Há aqueles momentos de fraqueza, em que estamos sozinhos… (…) sabemos que ela nunca vai atender. É aquela falta daquele hábito”.
“Quando a enterrei senti ‘agora descansa, agora estás bem’. Aquilo já não é vida (…) senti um alívio dela não sofrer mais, dela estar a descansar”, disse, revelando que procurou uma psicóloga para o ajudar durante todo o processo. Após a perda, Pedro procura estabelecer uma nova rotina, juntamente com os dois filhos de cinco e sete anos.
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Texto: Sofia Mendes Fotos: Redes sociais, reprodução TVI