Geração 26, o movimento jovem de apoio à candidatura presidencial de Marques Mendes, apresentou esta terça (29) as suas dez causas, que incluem a habitação e o clima. Nesta última área propõem um mecanismo de avaliação do impacto climático na promulgação de leis.

A sessão, que decorreu em Almada, contou com a participação de Miguel Oliveira, piloto de MotoGP e mandatário para o Desporto. A “agenda climática" é uma das dez causas destes jovens, que propõem que o “Presidente da República integre um mecanismo permanente de Avaliação de Impacto Climático na promulgação de leis com consequência para o ambiente, reforçando o papel do PR como garante da sustentabilidade”.

A “habitação”, a “inteligência artificial”, a “igualdade de género”, a “representação na democracia”, a “emigração, emprego e salário”, a “proteção da infância”, assim como “educação e cultura”, “soberania e Europa” e “saúde mental e desporto” constituem as restantes causas incluídas no documento que, de acordo com a candidatura, é subscrito inicialmente por 100 jovens, mas com a perspetiva de alargar esta base.

Jovens querem PR envolvido na habitação acessível

Sobre a habitação, é proposto “que o Presidente da República patrocine um painel de controlo e avaliação com representantes de todas as partes envolvidas no setor da habitação --- senhorios, inquilinos, promotores, fundos, autarquias, terceiro setor --- com o objetivo de encontrar soluções concretas para a habitação acessível”.

“Este painel emitirá relatórios semestrais com metas claras e partilha de boas práticas, culminando num evento anual de balanço e renovação de compromissos”, acrescenta-se.

Sobre a representação na democracia propõem uma "Voz Jovem em Belém", ou seja, "um grupo consultivo composto por jovens de todo o país e de diversos setores, que reunirá periodicamente com o Presidente da República para apresentar diagnósticos, prioridades e propostas sobre temas estruturais".

Na área da “emigração, emprego e salário”, estes jovens sugerem que o Presidente da República patrocine o lançamento da iniciativa “Geração para Ficar”, que “inclui a redação participada de uma Carta da Juventude ao País, a realização de um grande Encontro Nacional com jovens e decisores, e a publicação anual de um Relatório Presidencial sobre Juventude e Futuro, centrado em emprego, salários, precariedade e emigração jovem”.

Estes jovens defendem ainda o patrocínio presidencial para a criação de um fórum anual sobre Inteligência Artificial, de uma cimeira para a igualdade de género e de uma cimeira da saúde mental jovem, e que o chefe de Estado se envolva na proteção da infância, com campanhas de acolhimento familiar, assinalando abril como mês da prevenção dos maus-tratos, e “pugnando pela criação da figura do Provedor da Criança”.

No documento propõe-se ainda a criação da “Rede de Educação e Cultura Viva”, uma iniciativa anual com visitas a escolas, centros culturais, universidades e projetos locais em todo o país, assim como o patrocínio pelo Presidente de uma “Academia Europeia da Juventude e Defesa”, um “programa cívico militar de formação anual para jovens portugueses e europeus, com experiências teóricas e práticas sobre segurança, soberania e paz, que termina com a redação da Carta dos Jovens pela Soberania e Defesa da Europa”.