A iniciativa juntou mais de mil pessoas.

Cerca de mil pessoas participaram na quarta-feira, 11 de junho, numa atividade que teve como objetivo recriar a Arte-Xávega, uma pesca artesanal praticada há séculos
na Praia da Tocha.


A iniciativa contou com a presença de alunos do Agrupamento de Escolas Gândara-
Mar, que, juntamente com professores, assistentes operacionais e assistentes
técnicos, se envolveram ativamente na recriação desta tradição.


Além da comunidade escolar, pais e encarregados de educação também marcaram
presença na atividade.


De manhã cedo, o barco entrou no mar e lançou as redes. Pouco depois, os primeiros
peixes começaram a saltar, criando um ambiente de entusiasmo entre os presentes.
Para muitos, foi uma experiência inédita ver os peixes a emergir vivos da água.

Após a captura, cumpre-se a tradição com a distribuição dos quinhões pelos arrais.
Entre várias entidades locais, como a Proteção Civil Municipal, a companha de
pescadores, assim como os autarcas de freguesia da Tocha e da Sanguinheira, e os
vereadores Pedro Cardoso e Fernando Pais Alves, marcaram presença.


“Trata-se de uma iniciativa meritória do Agrupamento de Escolas Gândara-Mar da
maior relevância em termos educativos e culturais. Uma forma de envolver a
comunidade educativa e uma oportunidade única para recuperar este património
cultural imaterial da Arte Xávega, para preservar a memória histórica e identitária
deste território, reviver tradições, e ainda mais, unir gerações.

É assim que se constrói o futuro”, destacou o vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, com o pelouro da Educação, Pedro Cardoso.


Para João Gomes, diretor do Agrupamento de Escolas Gândara-Mar, “a Arte-Xávega
conta com cada vez menos praticantes. O nosso mar é exigente e nem sempre permite sair para a pesca. Por isso, esta é uma forma de tentar preservar a atividade e dar-lhe maior visibilidade”.