
Cinco alunos do Jardim de Infância do Centro Escolar da Azinhaga poderão ter de ser obrigados a deslocar-se para a sede do concelho da Golegã, alertou Valter Ferreira, da CDU Golegã.
Em declarações ao NS, o candidato à Câmara Municipal da Golegã pela coligação que junta Partido Comunista e “Os Verdes”, explicou que há professores e funcionários no centro escolar e que não se justifica que não haja vagas para todos os alunos da aldeia da Azinhaga e que a decisão pode agravar “as dificuldades das famílias e rompe com a continuidade do percurso educativo das crianças, quando há alunos suficientes para constituir turmas na Azinhaga”.
Valter Ferreira critica a postura do governo liderado pelo PSD e o desinvestimento constante nos territórios de baixa densidade, referindo que a opção por não abrir vagas suficientes para dar resposta às necessidades das crianças da Azinhaga segue a mesma linha de políticas de “desmantelamento dos serviços públicos” que levou ao encerramento do posto dos CTT e do “enfraquecimento do centro de saúde”, que atualmente não dispõe de médicos, segundo o candidato.
Em declarações ao NS, o vice-presidente da Câmara da Golegã, Diogo Rosa, responsável pelo pelouro da educação, explicou que a decisão tomada no Conselho de Educação foi propor à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) a abertura de três turmas de ensino básico e duas de jardim de infância. A decisão da DGESTE foi abrir apenas uma turma de jardim de infância, uma vez que há apenas 25 inscrições e as turmas têm 20 vagas. Já nas turmas de ensino básico a DGESTE mandou abrir apenas duas turmas mistas, ou seja, com meninos de vários anos de escolaridade.
Diogo Rosa garantiu que a decisão não é irrevogável e está dependente de um possível aumento de inscrições, que justifiquem a abertura das turmas que foram negadas pela DGESTE.
O NS entrou em contacto com a DGESTE para esclarecer os motivos da não abertura das turmas solicitadas pelo Município, mas até ao momento da publicação desta notícia não obtivemos qualquer resposta.