O candidato à Câmara pelo Partido Socialista propõe a construção de uma casa de apoio para cuidadores informais, com quartos, valências e uma equipa técnica especializada, que «poderá vir a ser desenvolvida por projetos já existentes, como a “Casa da Memória Viva” ou “Cuidar Maior”, focados na preservação de memórias e apoio a pessoas com doenças neurodegenerativas e respetivas famílias», refere Eduardo Oliveira.

A “Casa do Cuidador”, como refere o PS, tem por objetivo «apoiar, permitir o descanso e a capacitação aos cuidadores informais».

O PS diz que a ideia surge como resposta «a um desafio silencioso, mas crescente na nossa sociedade. Há milhares de pessoas que dedicam as suas vidas a cuidar de outros e que precisam urgentemente de apoio, reconhecimento e descanso. A nossa candidatura quer dar esse passo», afirma Eduardo Oliveira.

Entre as valências, inclui apoio psicológico, social e formativo, «funcionando como uma resposta concreta em situações de doença, desgaste ou necessidade de repouso dos cuidadores», afirma Eduardo Oliveira, justificando que o objetivo «é garantir que quem cuida também é cuidado».

Entre as medidas apresentadas, o PS propõe a criação de Gabinetes de Apoio ao Cuidador Informal, com atendimento personalizado, aconselhamento jurídico e social, apoio psicológico e orientação sobre recursos disponíveis; promoção do desenvolvimento dos grupos de autoajuda e o reforço da rede de apoio domiciliário, em articulação com as IPSS locais, para assegurar cuidados de saúde, higiene e alimentação aos cuidados dos cuidadores, para que estes tenham tempo para si; o apoio terapêutico ao cuidador informal na perspetiva do autocuidado; o lançamento de programas de capacitação e de reconhecimento municipal para o cuidador, incluindo apoios financeiros, bolsas ou subsídios, para cuidadores informais em situação de maior vulnerabilidade; o desenvolvimento de um Cartão Municipal do Cuidador Informal, com vantagens, descontos e parcerias locais; a disponibilização de serviços de teleassistência para combater o isolamento social; e a criação de medidas específicas para reintegração no mercado de trabalho dos cuidadores após o falecimento do familiar a quem prestavam cuidados.