O parecer foi emitido no âmbito da Consulta Pública, que terminou no passado dia 30 de abril, e foi dado a conhecer ao executivo camarário em Reunião Ordinária realizada na manhã de hoje (22 de maio de 2025).

Recorde-se que, já em 2020, o Município havia emitido parecer desfavorável quanto a este projeto.

Segundo o documento remetido pelo Município à Agência Portuguesa do Ambiente, conclui-se que existe “um conjunto de preocupações que deverão ser levadas em consideração sobre o projeto de instalação de exploração mineira (denominada “Mina da Lagoa Salgada”) na área abrangida pelo contrato de prospeção e pesquisa” e o que se pretende é que “seja garantido que os impactes negativos respeitantes à implantação do projeto não agravem a situação ambiental, social e económica do concelho de Alcácer do Sal”. O documento indica que as “grandes preocupações do Município se prendem com os recursos hídricos, nomeadamente a manutenção da qualidade e quantidade da água atualmente disponível na área envolvente face aos impactes do futuro projeto e dos efeitos esperados das alterações climáticas” vincando que “o projeto não poderá colocar em causa o abastecimento de água para consumo humano, assim como a saúde humana dos vários aglomerados urbanos existentes na envolvente”. Refere-se, em tom de conclusão, que “não se deve contabilizar apenas os efeitos económicos positivos, pois estes só poderão ser considerados positivos se forem benéficos para toda a comunidade local”.

A Mina da Lagoa Salgada, um projeto da Redcorp – Empreendimentos Mineiros, pretende explorar minérios (cobre, chumbo, zinco, prata e ouro, entre outros) num espaço de 7 mil hectares que abrange a Freguesia de Torrão (Alcácer do Sal) e a União de Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra. A Agência Portuguesa do Ambiente já havia chumbado o projeto de exploração em 2019.