O Politécnico de Setúbal (IPS) vai tornar-se palco de uma viragem estratégica no panorama tecnológico nacional com a instalação do primeiro polo do Instituto CCG/ZGDV em Portugal. A unidade, sediada na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), será oficialmente inaugurada a 10 de julho e pretende posicionar o concelho como referência nas áreas da investigação computacional e da inovação digital aplicada à saúde e engenharia.

A cerimónia de inauguração, agendada para as 10h30, contará com as presenças institucionais de Ângela Lemos, presidente do IPS, Luísa Torre, diretora da ESTSetúbal, e Ricardo J. Machado, presidente do Conselho de Administração do CCG/ZGDV. Estão ainda confirmadas as intervenções de Alexandra Vilela, presidente do COMPETE 2030, e de Teresa Almeida, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Entre os principais destaques da nova estrutura está o Laboratório de Processamento de Imagem Médica, vocacionado para o desenvolvimento de soluções tecnológicas de apoio ao diagnóstico e tratamento clínico. A apresentação do laboratório ficará a cargo de Miguel Guevara, docente e investigador do IPS, seguindo-se a assinatura de protocolos com centros hospitalares da Grande Lisboa e uma mesa-redonda sobre os “Desafios do Processamento de Imagem Médica no Diagnóstico e Tratamento de Cancro”, moderada por Ana Lima, diretora técnica e membro da Comissão Executiva do CCG/ZGDV.

Mas a nova unidade não se esgota na vertente da saúde. O polo do CCG/ZGDV vai também investir na criação de plataformas de voo customizado com ‘drones’, com base em simulação computacional avançada e visualização interativa de dados. Esta aposta reforça a convergência entre a engenharia e as tecnologias digitais de última geração.

O centro assume ainda um papel decisivo na ligação entre a academia e o tecido produtivo da região, ao acolher estágios curriculares e profissionais, apoiar dissertações de mestrado e teses de doutoramento, e dinamizar programas de formação avançada dirigidos a estudantes e profissionais.

Para Ângela Lemos, esta nova fase representa “um passo decisivo para afirmar a ciência e a inovação tecnológica como motores do desenvolvimento regional e nacional”. A presidente do IPS sublinha que a criação do laboratório de imagem médica “não só posiciona o IPS na vanguarda tecnológica, como melhora diretamente a qualidade dos cuidados de saúde e promove a inclusão social através da ciência”.

Também Ricardo J. Machado, do CCG/ZGDV, destaca o alcance nacional do projeto, afirmando que “esta iniciativa reflete um compromisso com a excelência científica ao serviço da sociedade, permitindo uma transferência eficaz de conhecimento para empresas e instituições”.

Com esta parceria, Setúbal ganha centralidade no ecossistema de inovação nacional, reforçando a aposta nas tecnologias emergentes e no desenvolvimento de soluções com impacto direto na vida dos cidadãos. O novo centro surge, assim, como um polo de conhecimento acessível à comunidade, às empresas, às escolas e à investigação — um espaço de ciência aplicada, aberta e transformadora.