A região do Baixo Alentejo será Cidade Europeia do Vinho em 2026, numa parceira dos 13 municípios, com a Comunidade Intermunicipal (CIMBAL) e a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo.

Em declarações a’ODigital.pt, António Bota, presidente da CIMBAL, sublinhou que este «reconhecimento» pretende «demonstrar ao mundo inteiro que o nosso vinho tem qualidade, que os nossos empresários souberam apostar na melhor qualidade de vinho».

«É um reconhecimento em massa daquilo que é a qualidade dos vinhos da região», acrescentou o autarca, vincando ainda que «a qualidade já cá estava, o reconhecimento é que aconteceu agora, mas vai continuar a estar e acredito que vai melhorar no futuro».

O presidente destacou que todo o Alentejo «participa» num título que «vai dignificar todo o Alentejo e Portugal».

«Somos um povo por excelência, que gostamos de ter qualidade e isso prova-se com a qualidade dos vinhos que está à mostra de todos», referiu, acrescentando que «isto também é uma grande responsabilidade».

Isto porque «ser a cidade europeia do vinho significa que alguns vinheteiros terão de aprimorar alguns vinhos para estar à altura do devido reconhecimento», mesmo que haja «muita qualidade, mas há sempre um grande caminho para percorrer no meio de um caminho tão longo como é o caminho do vinho».

Como pilares deste título, António Bota realçou, para além do vinho e da identidade, a «hospitalidade, em termos de turismo», assim como a «sustentabilidade em termos de produções com qualidade, sem uso de químicos e que produz o necessário utilizando os recursos naturais».

Porém, falou ainda da «oferta incrível que temos, em diversidade vinícola, em variedades de castas», algo que vai ser utilizado para «promover para todos os gostos, de todos os vinhos de uma região que é de todos nós».

Para quem visitar a região em 2026, o presidente da CIMBAL enfatizou que pode esperar «qualidade», uma vez que «com este título permite nos gritar em voz alta, que demonstra qualidade».

Assim, «faz com que todos nós, que gostamos de vinho, possamos utilizar esta ‘desculpa’ para visitar a região», porque «temos excelentes hotéis e a nossa gastronomia é das melhores do mundo».

Já os locais, podem esperar ««eventos nas suas terras, a promoção dos seus vinhos com mais visitas, com mais diversidade, com maior promoção dos locais».

Desta feita, o comércio local «vai ser favorecido», assim como a «hotelaria» e o «escoamento do vinho, que naturalmente acontece com maior fluidez».

«É um boost para a economia local e para aqueles que se têm dedicado a aprimorar os seus vinhos para conseguirem, em conjunto connosco, ter este título», concluiu o autarca.