Portugal voltou este domingo às urnas para eleger os 230 deputados da Assembleia da República, mas as projeções preliminares apontam para um aumento da abstenção face ao último ato eleitoral. Segundo as estimativas divulgadas por diversos órgãos de comunicação social e centros de sondagens, a taxa de abstenção pode ter atingido valores preocupantes.

A projeção mais baixa foi avançada pela SIC/Expresso, que estima uma abstenção entre 34,7% e 39,7%, com um valor médio de 37,2%.

Já a RTP/Católica apresenta um intervalo mais elevado, entre os 36% e os 42%, situando o ponto médio em 39%.

A projeção da Intercampus, para os canais NOW, CMTV, Jornal de Negócios e revista Sábado, sugere que a taxa de abstenção poderá situar-se entre 40,7% e 45,7%, com um ponto médio de 43,2%.

A estimativa mais alarmante pertence à CNN Portugal, com dados da Pitagórica, apontando para uma taxa entre 41,5% e 47,7%, representando uma média de 44,6% de eleitores que poderão ter optado por não votar.

Nas legislativas de 2024, a taxa de abstenção situou-se em 40,16%, a mais baixa desde 2005. Se estas projeções se confirmarem, o país poderá estar perante um novo agravamento do afastamento dos cidadãos relativamente à vida política ativa.

A confirmar-se, esta tendência de crescimento da abstenção poderá influenciar decisivamente a leitura dos resultados e a composição do novo Governo. Os dados oficiais serão apurados nas próximas horas.