
A Resialentejo encaminhou para reciclagem, desde 2003, mais de 109 mil toneladas de resíduos, atingindo, em 2023, um volume superior a 13 mil toneladas. Só no primeiro trimestre de 2024, foram recolhidas seletivamente perto de 100 mil toneladas de materiais destinados a tratamento, preparação para reutilização e reciclagem.
Segundo o Relatório e Contas de 2024, divulgado por ocasião do Dia Internacional da Reciclagem, que se assinala este sábado, 17 de maio, a recolha de 2525 toneladas de papel e cartão permitiu evitar o abate de mais de 50 mil árvores, poupando ainda 6,5 milhões de litros de água e 6.565 kW de eletricidade.
Em 2024, cada habitante dos oito municípios do Baixo Alentejo servidos pela Resialentejo produziu, em média, cerca de 580 kg de resíduos, dos quais 62% foram encaminhados para preparação, reutilização e reciclagem.
No contexto nacional, onde mais de 57% dos resíduos urbanos continuam a ser depositados em aterro, os números do Baixo Alentejo contrastam com uma realidade diferente: apenas 26% dos resíduos recolhidos nesta região tiveram esse destino final. A Resialentejo, entidade gestora de resíduos urbanos desde 2001, tem apostado na ampliação da recolha seletiva, com mais ecopontos e circuitos dedicados.
A par da recolha seletiva, têm sido desenvolvidas soluções para valorização de resíduos orgânicos, como sistemas de compostagem, e promovidas ações de sensibilização ambiental, com iniciativas como escape rooms ecológicos e repair cafés, enquadradas numa lógica de economia circular.
O Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2030) define metas como a reciclagem de 60% das embalagens, a redução da deposição de resíduos em aterro para 10% e a diminuição do desperdício alimentar em 50%. No Baixo Alentejo, território de baixa densidade populacional, a Resialentejo afirma já ter alcançado indicadores acima da média nacional, apesar dos desafios logísticos associados.