
A partir da década de 1960, Portugal conheceu os grandes dilemas que vão anunciar a mudança política que desembocam no 25 de Abril de 1974: um acelerado processo de crescimento económico e de mudança social; o desenvolvimento do colonialismo tardio e de Guerras Coloniais; e, finalmente, o crepúsculo do Ditador e a sua substituição por Marcelo Caetano.
Nesses anos que antecedem a revolução, consolidam-se “opções políticas” que marcam o processo de transição para a democracia.
Mas quais são os livros que fizeram o 25 de Abril? Como interpretá-los e avaliar a sua relevância no processo revolucionário?
Oiça aqui o ciclo de debates 'As Origens Intelectuais da Revolução Portuguesa – As Causas dos Livros', organizado pela Biblioteca Nacional de Portugal e produzido pelo Expresso no cinquentenário do 25 de Abril.
O primeiro episódio é lançado a 1 de abril.
Dedicado às “opções políticas”, nesse primeiro episódio do podcast vamos ouvir falar de algumas obras marcantes da fase final da Ditadura, expressando a diversidade política e ideológica que marcava o autoritarismo tardio:
– Álvaro Cunhal, Rumo à Vitória: as tarefas do partido na revolução democrática e nacional (1964);
– Padre Felicidade Alves, Católicos e a Política de Humberto Delgado a Marcello Caetano (1969);
– Mário Soares, Portugal Amordaçado [Le Portugal baillonné: un témoignage] (1972);
– Fernando Pacheco do Amorim, Na Hora da Verdade: colonialismo e neo-colonialismo na proposta de Lei de Revisão Constitucional (1971);
– António Alçada Batista, Conversas com Marcello Caetano (1973); e
– António de Spínola, Portugal e o Futuro (1974).
Com moderação de António Costa Pinto, contou com a participação António Araújo, Henrique Monteiro, Jaime Nogueira Pinto, José Neves, Rita Carvalho, Tiago Fernandes.