Desistir da política é o que me apetece fazer. Houve uma altura que pensei que o orçamento ia ser aprovado, mais tarde pensei que não seria aprovado, finalmente vai ser aprovado. Uf! Finalmente. Todavia esta telenovela foi má demais para ser verdade.
Os nossos governantes não querem saber do que as pessoas sentem ou do que precisam, há uma sensação de impotência para mudar este estado de coisas.
A política portuguesa é uma borga, parece uma atividade divertida e animada que serve de distração ou passatempo para os portugueses. A política em Portugal, rara exceção, deixa tudo na mesma. A política portuguesa vive num atoleiro, mudam-se os governantes, mas o estilo mantém-se. A política faz parte da minha vida e é apaixonante, mas estou um pouco cansado da política, assim, aumento a legião das pessoas que não estão para se incomodar. A política tem uma enorme influência na nossa vida, mas as pessoas só reagem se lhes forem aos bolsos.
Infelizmente, como português sinto-me vítima destes senhores que levaram o país a esta situação. E o pior, ninguém quer saber; contudo, magoa-me a indiferença, o não querer saber. O silêncio das pessoas sobre determinados assuntos é confrangedor. As pessoas não se conseguem libertar do telemóvel e do lixo informativo que nos impingem.
Preocupa-me ter saúde. Preocupa-me que o governo cumpra com o que prometeu. O resto é procurar viver, pois viver é difícil.
Os portugueses são inteligentes, simpáticos e calorosos, mas estão sempre a ser enganados. A culpa é deles, mas também da sua incultura, desinteresse e o alheamento.
Não quero desistir da política; atualmente, estamos a ser vítimas da forma como se faz política em Portugal. Nunca fui pessoa de me acomodar, mas não suporto o desinteresse dos portugueses. Pouca gente liga à política. A culpa de quem é? Grande parte é dos portugueses.
Eça de Queiroz tinha razão, o melhor é dar umas boas gargalhadas e até a criticar temos de ser inteligentes.
Fundador do Clube dos Pensadores