
Centenas de manifestantes marcham esta quarta-feira em direção a Jerusalém em protesto contra o primeiro-ministro, Netanyahu, e as políticas de guerra do seu governo.
Os manifestantes estão a percorrer a principal autoestrada que liga o centro de Israel a Jerusalém, o que já levou a polícia israelita a encerrar o troço.
"Está na altura de acabar com esta loucura, antes que não haja ninguém para salvar, antes que não reste nenhum país", dizia a líder do protesto, Shikma Bressler, à multidão, citada pelo The Times of Israel.
O The Jerusalem Post escreve que os manifestantes seguram cartazes com frases como "A governação sem limitações é um perigo para Israel", "Não há vitória sem a tenente Hadar Goldin (cujo corpo é mantido como refém pelo Hamas)" e "A democracia está em perigo".
Os cidadãos israelitas que seguem em direção a Jerusalém carregam ainda cartazes com os rostos de reféns, bandeiras de Israel e bandeiras amarelas, em apoio aos reféns que permanecem em Gaza.
Israel retomou ataques
Esta ação de protesto surge um dia depois de Netanyahu ter renovado os ataques contra o território palestiniano. Muitos israelitas consideram que esta decisão coloca em risco a vida dos compatriotas que ainda se encontram em cativeiro na Faixa de Gaza.
Mais de 400 pessoas morreram na madrugada de terça-feira no primeiro ataque desde o início do cessar-fogo, em janeiro.
O chefe do Executivo de Israel é ainda acusado de não fazer o suficiente para libertar os reféns.
Os manifestantes contestam também a decisão de afastar Ronen Bar, o líder do Shin Bet, o serviço de inteligência israelita. Para os críticos de Netanyahu esta decisão coloca em risco a democracia do país.
Na noite de terça-feira, cerca de 40.000 pessoas juntaram-se em Telavive em forma de protesto contra as políticas de Netanyahu.