O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China afirmou considera que a decisão do Governo norte-americano de proibir a Universidade de Harvard de matricular estudantes estrangeiros prejudica a imagem e a credibilidade internacional dos Estados Unidos.

"A cooperação educativa entre a China e os Estados Unidos é mutuamente benéfica", afirmou hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, sublinhando que Pequim "opõe-se firmemente à politização dos intercâmbios educativos" e "rejeita ataques e difamações infundadas contra a China".

O porta-voz garantiu ainda que a China "protegerá firmemente os direitos e interesses legítimos dos estudantes e académicos chineses no estrangeiro".

As declarações foram feitas depois de o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (Homeland Security) ter anunciado que revogou o programa de estudantes e visitantes estrangeiros de Harvard, citando alegados laços da universidade com o Partido Comunista Chinês.

Pequim rejeitou as acusações como infundadas e criticou as medidas de Washington, considerando-as ilegais, apelando à sua retirada o mais rapidamente possível.

Harvard, uma das universidades mais prestigiadas do mundo, acolhe cerca de 7.000 estudantes internacionais --- que perderiam o seu estatuto de residência no país se não se transferissem para outra universidade --- dos quais aproximadamente 20% são cidadãos chineses, de acordo com algumas estimativas.

A medida afeta tanto os novos candidatos como os atuais estudantes, que podem perder o seu estatuto legal no país se não forem transferidos para outras instituições.