O ataque russo realizado hoje em Kiev, assumido por Moscovo como uma resposta ao ataque de quarta-feira contra a região de Rostov, no sudoeste da Rússia, atingiu a embaixada portuguesa na capital ucraniana, avançou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

"Numa das explosões houve impactos, apenas com danos materiais, relativamente ligeiros, nas instalações diplomáticas de vários países, designadamente na chancelaria de Portugal", revelou o ministro.

Neste ataque morreu pelo menos uma pessoa e 10 ficaram feridas. O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, declarou na rede social Telegram que as equipas de busca e salvamento localizaram um corpo após o ataque russo e que quatro dos cerca de dez feridos "foram hospitalizados".

Klitschko indicou que há danos materiais em vários bairros devido ao impacto de "fragmentos" dos mísseis intercetados, antes de afirmar que "630 edifícios residenciais, 16 instituições médicas, 17 escolas e treze creches estão sem aquecimento" como resultado do ataque.

Governo português condena ataques russos

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros"condena de forma veemente os ataques desta madrugada a Kiev, que causaram danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da Embaixada de Portugal".

Além disso, o encarregado de negócios da Federação Russa "foi já chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para que seja apresentado um protesto formal junto da Federação Russa", acrescentou o Palácio das Necessidades.

A diplomacia portuguesa considera "absolutamente inaceitável que qualquer ataque possa visar ou ter impacto em zonas de instalações diplomática".


Seis missões diplomáticas atingidas em ataques russos

Nos ataques russos a um bairro nobre do centro de Kiev ficaram danificadas no total seis missões diplomáticas, a maioria está localizada no mesmo edifício, informaram diplomatas ucranianos.

Além da de Portugal, foram atingidas as missões diplomáticas da Albânia, Argentina, Autoridade Palestiniana, Macedónia do Norte e do Montenegro, divulgou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano numa mensagem.