O norte-americano Travis Timmerman foi encontrado esta quinta-feira em Damasco. O homem de 29 anos estava desaparecido há sete meses depois de ter feito uma peregrinação a pé até à Síria.
Sabe-se agora que foi detido pelo anterior regime quando tentou entrar no país sem permissão. Foi visto pela primeira vez esta quinta-feira em vídeos publicados nas redes sociais, tendo sido Inicialmente identificado Austin Tice, o jornalista norte-americano que desapareceu há 12 anos do país.
À CBS News, Travis explicou que depois de ser libertado no início da semana estava, agora, a tentar sair do país. "A minha porta foi arrombada, e eu acordei. (…) Achei que os guardas ainda estavam lá, então pensei que a guerra poderia ter sido mais ativa do que acabou por ser. Assim que saímos, não houve resistência, não houve luta real”.
O homem, natural de Missouri, explicou que rumou à Síria por “objetivos espirituais” e que a sua experiência na prisão “não foi assim tão má”. Um porta-voz do Departamento de Estado dos Estado Unidos disse “estarem cientes de relatos de que um americano foi encontrado fora de Damasco e que estavam a tentar ajudá-lo”,cita o The Guardian.
"Nunca fui espancado. A única parte realmente má era que não conseguia ir à casa de banho quando queria. Só me deixavam sair três vezes por dia para ir à casa de banho", conta.
Travis Timmerman saiu da prisão, logo após a queda do regime, com um grande grupo de pessoas e estava a tentar chegar à Jordânia. Apesar do medo inicial, confessa que ainda não pensou muito na ideia de que está finalmente em liberdade.
“Ainda não pensei muito nisso. Tenho estado mais preocupado em encontrar um sítio para dormir todas as noites”, explicou o homem que já terá falado com a família a partir de um telefone que tinham na prisão.
O alerta do desaparecimento foi dado pela polícia húngara e dizia que Timmerman tinha sido visto pela última vez numa igreja do país. Travis foi um entre as centenas de prisioneiros queforam libertados durante o passado fim de semana pelos rebeldes síriosque derrubaram o regime de Bashar Al-Assad.