O diretor-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, alertou esta segunda-feira para o impacto dos ataques israelitas e norte-americanos contra as instalações nucleares iranianas, em concreto, contra a central de Fordow.

“São agora visíveis crateras nas instalações de Fordow, o que indica a utilização de munições de penetração no solo”. E embora “ninguém, incluindo a AIEA, esteja em posição de avaliar completamente os danos subterrâneos em Fordow”, espera-se que sejam “muito significativos”, afirmou Grossi.

Segundo o diretor-geral da AIEA, tal deve-se à “carga explosiva utilizada” e à natureza extremamente sensível à vibração das centrifugadoras” da central de Fordow, acrescentou, numa reunião de emergência da Agência de Energia Atómica.

Rafael Grossi advertiu ainda que “a destruição pode atingir níveis inimagináveis” e reiterou que “os ataque armados a instalações nucleares nunca devem ter lugar”. “Por isso, volto a apelar à máxima contenção. A escalada militar não só ameaça vidas, como também atrasa na via diplomática”.

“Para conseguir a garantia a longo prazo de que o Irão não adquire uma arma nuclear, temos de voltar às negociações. Estou pronto para viajar imediatamente para o Irão. Temos de continuar a trabalhar em conjunto, apesar das diferenças existentes.”