
"Após as sirenes que soaram recentemente em várias regiões de Israel, um míssil lançado do Iémen foi intercetado", disseram as IDF na plataforma de mensagens Telegram.
Na segunda-feira, os rebeldes Huthis do Iémen tinham anunciado um "bloqueio naval" contra Haifa, o principal porto de Israel, alertando que os navios que naveguem para essa infraestrutura passam a ser alvos.
"Todas as empresas cujos navios estão presentes ou se dirigem para este porto são informadas de que, a partir deste anúncio, o porto (...) foi incluído na nossa lista de alvos", sublinhou o porta-voz dos Huthis, Yehya Saree.
Esta decisão "é uma resposta à escalada da brutal agressão israelita contra o nosso povo e em Gaza", frisou, acrescentando que os ataques contra Israel "cessarão quando a agressão contra Gaza terminar e o bloqueio [do enclave] for levantado".
O anúncio surgiu horas depois do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter anunciado a intenção de "assumir o controlo" de toda a Faixa de Gaza.
Nas últimas duas semanas, os Huthis reivindicaram a responsabilidade por vários ataques ao Aeroporto Internacional de Telavive, em Israel, e numa ocasião conseguiram atingir a infraestrutura, pela primeira vez desde outubro de 2023.
Os Huthis integram o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão contra Israel, de que fazem parte outros grupos fundamentalistas da região, como o Hezbollah libanês e os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica.
Os Huthis iniciaram ataques contra a navegação comercial no mar Vermelho e no golfo de Aden, uma região vital para o comércio global, em novembro de 2023, em solidariedade com o Hamas.
As ações dos Huthis levaram ao início de campanhas de bombardeamento no Iémen por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Em 06 de maio, Omã anunciou que os Huthis e os Estados Unidos concordaram com um cessar-fogo, pouco depois de o Presidente norte-americano Donald Trump declarar o fim dos ataques no Iémen, apesar de persistirem as hostilidades entre o grupo rebelde e Israel.
Israel retomou as operações militares na Faixa de Gaza em 18 de março, quebrando uma trégua de dois meses, e anunciou um plano, no início de maio, para conquistar o território e deslocar 2,4 milhões de residentes para o extremo sul do enclave.
No fim de semana passado, iniciou uma nova operação terrestre e aérea no território.
O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que fizeram cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 53 mil mortos, segundo as autoridades locais.
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