
A contraproposta aos mediadores "visa alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada completa da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda ao nosso povo e às nossas famílias", anunciou o Hamas num comunicado.
Segundo fontes com acesso ao pacto, citadas pela imprensa israelita, o novo documento não contém qualquer exigência escrita para que Israel termine definitivamente a ofensiva ou retire as tropas da Faixa de Gaza.
Inclui a libertação de 10 reféns vivos e 18 reféns mortos em dois lotes, em troca de um cessar-fogo de 60 dias.
Além disso, estipula, numa linguagem vaga, a entrega imediata de ajuda humanitária, de acordo com a agência de notícias EFE.
Na quinta-feira, os Estados Unidos revelaram que Israel aceitou a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, enquanto as negociações com o Hamas prosseguiam.
O Exército israelita iniciou há uma semana e meia uma nova operação terrestre e aérea no território, após ter quebrado em meados de março o cessar-fogo em vigor com o grupo Hamas.
O início desta campanha militar coincidiu com o levantamento do bloqueio que se mantinha há mais de dois meses à entrada de ajuda humanitária à população do enclave, que já enfrentava o risco de fome, segundo as agências da ONU.
O conflito em curso foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 54 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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