O incêndio, que deflagrou numa discoteca em Kocani na madrugada de domingo, causou também "196 feridos, incluindo 20 crianças", afirmou Toskovski, acrescentando que já foram ouvidas "72 testemunhas" no âmbito da investigação desta tragédia, que levou o país dos Balcãs a decretar sete dias de luto nacional.

Segundo as autoridades, o incêndio ocorreu na Pulse, uma discoteca que funcionava com uma licença adulterada e com más condições de segurança: sem extintores, apenas uma porta da saída em vez de duas e sem autorização para a utilização dos dispositivos pirotécnicos que iluminavam o palco na noite do acidente.

O incêndio provocou o desabamento parcial do telhado do edifício de um só piso, revelando os restos carbonizados de vigas de madeira e detritos.

No âmbito da investigação, os "agentes do Departamento de Polícia Financeira e do Departamento de Crime Organizado entraram nos escritórios" da Câmara Municipal de Kocani e "tomaram medidas para proteger a documentação relativa ao clube noturno", adiantou o ministro.

Os gabinetes dos funcionários do Ministério da Economia também foram revistados, "uma vez que existem motivos razoáveis para suspeitar do seu envolvimento em atividades ilegais relacionadas com a emissão de licenças para clubes noturnos", acrescentou Toskovski.

"Gostaria ainda de informar o público que, para garantir uma investigação totalmente independente e eficaz, decidi substituir as chefias da polícia local em Veles e Stip [perto de Kocani] por agentes de Skopje [a capital]. Esta decisão não implica qualquer atribuição de culpa, mas é um passo para garantir que a investigação prossegue sem pressões, suspeitas ou influências indevidas", concluiu o ministro.

A pirotecnia tem sido frequentemente a causa de incêndios mortais em clubes noturnos, incluindo o do clube Colectiv em Bucareste, na Roménia, em 2015, no qual morreram 64 pessoas.

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