O boletim do Insa sobre a vigilância epidemiológica dos vírus respiratórios refere que Portugal regista uma atividade gripal epidémica com tendência estável, continuando a ser observado um aumento da deteção de casos de gripe do tipo A.
O Insa destaca a tendência decrescente das infeções respiratórias agudas graves, bem como a diminuição de casos internados por infeção por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças menores de 24 meses.
Na semana de 27 janeiro a 02 de fevereiro, foram identificados 1.019 casos positivos para o vírus da gripe, dos quais 745 do tipo A e 274 do tipo B, adianta ainda o boletim do instituto.
Desde o início da época, foram reportados 66 casos de gripe pelas unidades de cuidados intensivos que colaboram na vigilância e, desse total de casos, 49 tinham doença crónica e 57 tinham recomendação para vacinação contra a gripe sazonal, mas apenas 13 estavam vacinados.
O relatório precisa que na última semana se registou uma diminuição de 3,4% de internamentos nos cuidados intensivos.
Relativamente ao impacto, o Insa indica que se verificou uma "mortalidade por todas as causas de acordo com o esperado", depois de na semana anterior ter estado acima daquilo que é esperado para a época.
O relatório indica ainda que há um excesso de mortalidade em janeiro, tendo morrido 1.209 (12%) pessoas além do esperado entre 30 de dezembro e 26 de janeiro.
Em Portugal, o Programa Nacional de Vigilância é composto pela Rede de Médicos-Sentinela (médicos de família), pelos serviços de urgência de obstetrícia, pela Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios e pelas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Habitualmente, este programa tem início no princípio de outubro, terminando em maio do ano seguinte, e integra as componentes de vigilância clínica e laboratorial.
Como medida preventiva, as autoridades têm insistido na vacinação sazonal, que arrancou em 20 de setembro e que já permitiu vacinar mais de 2,3 milhões de pessoas contra a gripe e mais de 1,5 milhões com a dose de reforço contra a covid-19.
CMP // JMR
Lusa/Fim