
"Nos últimos dias, o exército israelita e o Shin Bet [agência de segurança interna] realizaram um ataque e eliminaram o terrorista Rashid Jahjouh, chefe do serviço de segurança geral do Hamas", declarou o porta-voz do exército israelita, Avichay Ardaee, na rede social X.
Rashid Jahjouh havia sucedido a Sami Odeh, morto em julho de 2024, acrescentou o porta-voz.
De acordo com Ardaee, Jahjouh "realizou análises de informações que permitiram aos comandantes superiores do Hamas planear e executar ataques terroristas contra Israel. Jahjouh também supervisionou os esforços de propaganda do Hamas para influenciar a opinião pública em Gaza".
As autoridades israelitas acrescentaram que Ayman Atsali, chefe da segurança no setor de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, foi morto nas últimas horas em operações conjuntas com o Shin Bet.
Outro ataque separado, em cooperação com a Agência de Segurança Interna (ISA), matou Ismail Abdelal, considerado como o "responsável pela maior parte das operações de contrabando de armas do movimento Jihad Islâmica", aliado do Hamas em Gaza, afirmou o exército israelita, em comunicado.
"[Abdelal] liderou a maior parte das operações de contrabando de armas da Jihad Islâmica nos últimos anos. Esta unidade é responsável pelo transporte, armazenamento e contrabando de equipamento militar e armamento para Gaza", acrescentou o exército, na mesma nota.
Na terça-feira, o Hamas anunciou a morte do chefe do Governo em Gaza Essam al-Dalis, na sequência dos ataques aéreos noturnos lançados por Israel no território palestiniano na segunda-feira.
O grupo palestiniano emitiu então um "comunicado de condolências" no qual figuravam igualmente os nomes do general Mahmoud Abou Watfa, responsável pelo Ministério do Interior, e do general Bahjat Abou Sultan, diretor-geral dos serviços de segurança interna.
De acordo com as autoridades do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007, os ataques israelitas fizeram cerca de 500 mortos e mais de mil feridos desde a noite de segunda-feira.
Israel retomou os bombardeamentos contra o enclave na noite de segunda-feira, violando o cessar-fogo acordado em janeiro, e tem também lançado várias operações terrestres em zonas do centro e do norte da Faixa de Gaza, apesar das denúncias internacionais e dos apelos para reativar a trégua.
O Hamas quer passar à segunda fase do acordo, que prevê um cessar-fogo permanente, a retirada israelita de Gaza, a reabertura da passagem de ajuda humanitária e a libertação dos restantes reféns.
Israel, por seu lado, quer um prolongamento da primeira fase até meados de abril e, para passar à segunda, exige a desmilitarização de Gaza e a saída do Hamas do território.
O ataque perpetrado pelo Hamas no sul de Israel a 07 de outubro de 2023 resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e em cerca de 250 reféns, na maioria civis.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que fez mais de 49.000 mortos, na maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
JYFR (RJP) // EJ
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