O Juntos Pelo Povo, através do deputado Filipe Sousa, eleito à Assembleia da República, considera que a ausência de um segundo helicóptero de combate a incêndios na Madeira é " uma falha grave do Governo da República e revela que o Governo Regional não tem qualquer influência nos executivos da mesma cor política no continente, formados pelos partidos da mesma cor política, PSD/CDS".

Para o parlamentar, é de lamentar a decisão do Governo da República de não disponibilizar, neste verão, o segundo helicóptero de combate a incêndios na Região, até porque esse era um compromisso público de várias figuras do PSD/CDS.

Por isso, questiona onde estão o PSD, Albuquerque, Pedro Ramos, Pedro Coelho, Paulo Neves, o CDS e José Manuel Rodrigues, uma vez que estes garantiam "que o segundo helicóptero estava assegurado". "Mais uma vez enganaram os madeirenses com palavras ocas apenas para caçarem votos fáceis", aponta em nota à imprensa.

Filipe Sousa considera que "esta falha representa não apenas um recuo na capacidade operacional de proteção civil, mas também uma desvalorização clara das necessidades específicas de uma região ultraperiférica e montanhosa, particularmente vulnerável aos efeitos dos incêndios florestais".

Por isso, pergunta quem responde pelos riscos acrescidos que esta omissão impõe às populações e à floresta da Madeira; o que têm a dizer os deputados eleitos pelo PSD – Pedro Coelho, Paulo Neves e Vânia Jesus, sobre esta quebra de compromisso e se "vão continuar calados, fingindo que nada prometeram aos madeirenses?".

O JPP quer ver esclarecidos os motivos desta decisão, por parte do Governo Regional, bem como perceber que outro plano dispõe o Governo Regional para colmatar a ausência do segundo helicóptero e quer uma pronúncia pública dos deputados eleitos pelo PSD, "que não podem continuar a colocar a lógica partidária à frente dos interesses da Região. Que contactos já estabeleceram com o Governo da República?".

"O JPP continuará a defender, com firmeza e coerência, os direitos e a segurança das populações madeirenses, com independência face a Lisboa, e sem silêncios cúmplices", termina.