
O Livre, através de comunicado, defende o uso responsável e transparente das cooperativas, "assegurando que estas não se convertam em negócios de lucro nem sejam utilizadas para práticas abusivas como o alojamento local ou rendas elevadas".
Marta Sofia, candidato à Câmara e Assembleia Municipal do Funchal, diz ter sido "com grande choque e apreensão" que ontem tomou conhecimento, através da denúncia da coligação ao Confiança, sobre as Residências Cortel funcionarem também como alojamento local, com a convivência da Câmara Municipal do Funchal onde terão obtido as licenças.
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"As cooperativas habitacionais são uma ferramenta essencial para enfrentar a crise da habitação, promovendo cidades mais justas, acessíveis e solidárias", considera a candidata, acrescentando que "estas associações reúnem pessoas que se organizam para construir, gerir e garantir habitação coletiva e sem fins lucrativos, assegurando casas dignas a preços controlados, especialmente para quem está excluído do mercado tradicional e dos apoios públicos".
Marta Sofia destaca que "transformar cooperativas habitacionais em alojamento local ou arrendá-las a preços elevados constitui uma violação direta dos seus princípios fundadores e do seu objetivo social. Tal prática desvirtua o modelo cooperativo, trai os cooperantes, configura um abuso do apoio público e cria um precedente perigoso para a especulação imobiliária".
“A habitação é um direito fundamental, não um bem de luxo. As cooperativas habitacionais são instrumentos cruciais para garantir o acesso justo à habitação, sobretudo numa região como a Madeira, onde o mercado imobiliário se torna cada vez mais inacessível", aponta Marta Sofia.
Termina defendendo que as cooperativas funcionem com solidariedade, justiça social e compromisso com a comunidade.