O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou na quinta-feira a um acordo rápido entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos sobre as tarifas aduaneiras, defendendo que a situação atual não pode durar "para sempre".

"A França defende uma conclusão rápida de um acordo. Não somos favoráveis a que dure para sempre", declarou, após uma cimeira dos 27 Estados-membros em Bruxelas.

"Há um desejo real entre os europeus de concluir (...) Mas não queremos concluir rapidamente a qualquer custo", acrescentou.

A Casa Branca admitiu na quinta-feira prolongar o prazo de 09 de julho para a entrada em vigor dos aumentos de tarifas aduaneiras dos Estados Unidos sobre as importações de dezenas de países.

Em nome da proteção da produção interna, Trump impôs tarifas setoriais específicas, como sobre o aço e o alumínio, após regressar à Casa Branca em janeiro.

No início de abril, Trump anunciou a implementação de tarifas recíprocas, que tributariam os produtos de um determinado país com base no défice comercial dos EUA com esse país.

Este anúncio causou considerável agitação política e uma quebra nos mercados financeiros.

Pouco depois, Trump suspendeu as tarifas por 90 dias, dando tempo para negociar acordos comerciais com os vários países.

A suspensão aplica-se a todas as tarifas acima de uma sobretaxa de 10% recentemente imposta, que a administração Trump considera um nível mínimo para os produtos que entram nos Estados Unidos (com algumas exceções).

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, vincou na quinta-feira que "o prazo não é definitivo" e que "o Presidente pode simplesmente oferecer um acordo a estes países se estes se recusarem a oferecer-nos um até à data limite".

Isto significa que Donald Trump pode "escolher uma tarifa recíproca que considere vantajosa para os Estados Unidos", acrescentou.

Sobre o progresso das negociações comerciais, Leavitt garantiu que o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, "está a trabalhar muito arduamente" e teve "boas e produtivas discussões com muitos dos principais parceiros comerciais" norte-americanos.