As datas impostas por Moscovo correspondem aos dias 08, 09 e 10 de maio e assinalam, desde a era soviética, o fim do conflito mundial que se prolongou entre 1939 e 1945. 

Dmitri Peskov disse hoje em conferência de imprensa que caso Kiev não venha a cumprir o período de tréguas, a Rússia vai acionar uma "resposta adequada" que não foi especificada.

 Peskov reiterou que a proposta de cessar-fogo permanece atual e que as instruções sobre a trégua foram transmitidas às tropas russas em território ucraniano.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, anexando a Península da Crimeia, e depois lançou uma invasão de grande escala em fevereiro de 2022.

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na semana passada uma trégua unilateral de três dias por ocasião do 80.º aniversário da "vitória na Segunda Guerra Mundial" com a capitulação do Terceiro Reich alemão.

De acordo com a proposta russa, o cessar-fogo entra em vigor às 00:00 de 08 de maio (22:00 de 07 de maio em Lisboa) e expira 72 horas mais tarde.

O Presidente ucraniano Volodimir Zelensky já afirmou que um cessar-fogo de três dias é inútil e insistiu na necessidade de cessar as hostilidades durante pelo menos 30 dias.

Zelensky disse ainda que a Ucrânia não pode garantir a segurança dos líderes estrangeiros que decidam deslocar-se à capital russa para as celebrações do Dia da Vitória, uma declaração que foi recebida como uma ameaça por Moscovo.

 

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Lusa/fim