
O Museu Nacional do Brasil, uma das principais referências científicas e culturais da América Latina, reabrirá as portas ao público na quarta-feira, de forma provisória e temporária, sete anos depois do incêndio que destruiu grande parte do acervo.
Pela primeira vez desde o incidente de 2018, o público poderá visitar três salas restauradas do museu no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.
O ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, participou esteve presente na cerimónia de abertura antecipada da exposição "Entre gigantes: uma experiência no Museu Nacional".
O público terá a oportunidade de ver os progressos na recuperação do palácio, rever o meteorito Bendegó - o maior alguma vez descoberto no Brasil - e conhecer o esqueleto de um cachalote, uma aquisição recente da instituição, com 15,7 metros de comprimento, exposto na nova claraboia do edifício.
A exposição inclui ainda esculturas em mármore restauradas, obras do artista indígena Gustavo Caboco e uma sala dedicada à história e reconstrução do museu.
O plano dos responsáveis pela reconstrução é de que o museu reabra com cerca de 10.000 peças expostas numa área entre 6.000 e 7.000 metros quadrados, o dobro do que estava exposto antes do incêndio e num espaço duas vezes maior.
Incêndio
O Museu Nacional, instituição fundada por D. João VI em 1818, que albergava cerca de 20 milhões de peças de diferentes épocas, foi arrasado por um incêndio a 2 de setembro de 2018 que destruiu cerca de 85% de uma das coleções mais importantes da América Latina.
O prédio histórico, que inicialmente serviu como palácio imperial do Brasil, abrigava o maior museu de história natural da América Latina e um dos cinco maiores do mundo do género.
O objetivo é terminar as obras e reabrir o museu ao público até 2026.