O multibilionário Elon Musk apagou este sábado a sua publicação na rede social X que envolvia o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no caso de Jeffrey Epstein, detido por exploração sexual de menores.

"Está na hora de lançar a grande bomba: (Trump) está nos arquivos de Epstein", publicou o empresário na quinta-feira no X, rede social qual é proprietário, no auge de uma divergência pública com o presidente norte-americano.

Na resposta, a Casa Branca classificou os ataques de Musk - o homem mais rico do mundo - como "lamentáveis", com Donald Trump a afirmar que achava que o proprietário das empresas Tesla, Starlink e SpaceX tinha "perdido completamente o controlo".

Musk não apresentou qualquer prova para sustentar as suas acusações, mas republicou um vídeo de 1992 no qual Donald Trump e Jeffrey Epstein parecem estar juntos numa festa.

Estas publicações já não estavam visíveis na sua conta na manhã deste sábado.

Na sexta-feira, o vice-presidente norte-americano, JD Vance, considerou que Musk estava a cometer um "grande erro" ao atacar Donald Trump, mas tentou minimizar a situação, ao referiu que o multibilionário é "um tipo emotivo".

"Espero que, eventualmente, o Elon volte ao grupo. Talvez isso não seja possível agora, porque ele é tão radical", afirmou Vance.

Jeffrey Epstein, um financeiro norte-americano que esteve no centro de um escândalo relacionado com a exploração sexual de menores, suicidou-se na prisão em 2019 antes de ser julgado.

Embora a relação de amizade de Epstein com Donald Trump fosse conhecida há muito tempo, o presidente dos EUA negou, reiteradamente, ter estado na propriedade nas Ilhas Virgens Americanas, onde, segundo os procuradores, ocorria o tráfico sexual de raparigas menores de idade.

Depois das acusações mútuas, parece improvável que a relação de Trump e Musk seja reatada, mas o nível de confronto público entre os dois pareceu serenar um pouco na noite de sexta-feira.


Com LUSA