
A Noruega deu hoje um passo importante para o regresso ao Mundial de futebol 28 anos depois, ao derrotar a Itália por expressivos 3-0, seguindo vitoriosa na terceira jornada do apuramento europeu, à semelhança da República Checa.
Em Oslo, Alexander Sorloth (14 minutos), Antonio Nusa (34) e Erling Haaland (42) foram protagonistas no êxito dos nórdicos, que não tiveram Andreas Schjelderup, do Benfica, e bateram os campeões em 1934, 1938, 1982 e 2006, ausentes das últimas duas edições.
Agravando traumas do passado recente, a 'squadra azzurra' atingiu a quarta partida sem vencer em todas as competições e sofreu pela primeira vez duas derrotas seguidas em fases de qualificação para Campeonatos do Mundo, nas quais não marca há três duelos.
A Noruega voltou a bater a Itália 25 anos depois, na primeira derrota transalpina por três golos de diferença desde junho de 2022, cimentando a candidatura a uma das 16 vagas europeias, destinadas aos vencedores dos 12 grupos e dos quatro caminhos do play-off.
Os escandinavos lideram o Grupo I, com nove pontos em outros tantos possíveis, contra nenhum dos transalpinos, quartos colocados, que têm menos dois jogos, e da Moldova, última e de folga nesta jornada, pautada igualmente pelo êxito de Israel na Estónia (3-1).
Um 'bis' de Dan Biton (39 e 49 minutos) inverteu o golo inicial de Mattias Käit (31), antes de Mohammad Abu Fani dissipar as dúvidas de penálti perto do fim (90), confirmando o triunfo dos israelitas, segundos, com seis pontos, mais três do que os bálticos, terceiros.
Além da Noruega, a República Checa manteve-se invicta na luta pela primeira fase final em 20 anos, ao ganhar na receção ao Montenegro (2-0), decidida por Adam Hlozek (23 minutos) e Patrik Schick (65), destacando-se no comando do Grupo L, com nove pontos.
Os balcânicos são segundos classificados, com seis pontos, contra três da Croácia, que tem menos dois jogos e entrou em ação a golear fora Gibraltar (7-0), no Estádio Algarve.
Mario Pasalic (28 minutos), Ante Budimir (30), Franjo Ivanovic (60 e 63), Ivan Perisic (73) e Andrej Kramaric (77 e 80) marcaram para os croatas, finalistas derrotados em 2018 e terceiros em 2022, que deixaram para trás Gibraltar e Ilhas Faroé, com menos um duelo.
O País de Gales isolou-se no topo do Grupo J, ao ganhar em casa ao Liechtenstein (3-0), capitalizando ainda o surpreendente empate da Macedónia do Norte com a Bélgica (1-1).
Joe Rodon (40 minutos), Harry Wilson (65) e Kieffer Moore (68) garantiram o triunfo dos galeses, que passaram a acumular sete pontos, dois acima dos macedónios, segundos.
Em Skopje, Ezgjan Alioski (86 minutos) respondeu ao tento de Maxim De Cuyper (28) e impediu uma estreia vitoriosa da Bélgica, que contou a tempo inteiro com Zeno Debast, defesa-central do bicampeão português Sporting, e tem um ponto, atrás do Cazaquistão, terceiro classificado, com menos um jogo, mas à frente do Liechtenstein, ainda a 'zeros'.
A 23.ª edição do Mundial decorre entre 11 de junho e 19 de julho de 2026 e contará pela primeira vez com 48 seleções participantes, numa inédita organização tripartida entre Estados Unidos, México e Canadá, todos automaticamente qualificados como anfitriões.
Inserido na 'poule' F, a par de Hungria, República da Irlanda e Arménia, Portugal entrará em ação apenas no outono para procurar a nona participação, e sétima seguida, na fase final do torneio mundial, já depois de medir forças com a Espanha, campeã da Europa e detentora do cetro, na final da Liga das Nações, no domingo, em Munique, na Alemanha.