O balanço dos ataques "aumentou para 80 mortos e 150 feridos", noticiou o canal de TV iemenita Al-Massirah, propriedade dos Huthis, citando autoridades locais.

Este é o ataque mais mortífero desde que se iniciou, em 15 de março, a grande ofensiva militar dos Estados Unidos contra os Huthis, para os obrigar a deixar de ameaçar os navios que utilizam rotas marítimas cruciais para o comércio internacional.

Antes do novo balanço dos ataques de quinta-feira, a porta-voz do ministério da Saúde dos Huthis, Anees Alasbahi, tinha dito à agência de notícias France Presse (AFP) que tinham morrido nos bombardeamentos norte-americanos desde março.

O exército norte-americano anunciou na quinta-feira que tinha bombardeado e destruído o porto de Ras Issa, controlado pelos Huthis.

O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) indicou em comunicado que destruiu o porto de combustível de Ras Issa, controlado pelos rebeldes, acusados por Washington de usar estas instalações para vender combustível e financiar as suas operações.

O ataque ao porto de Ras Issa "causou danos significativos" que "afetarão a navegação e o abastecimento de petróleo (...), agravando o sofrimento do povo iemenita", de acordo com as autoridades portuárias, num comunicado reproduzido pela Al-Massirah.

Entretanto, os rebeldes Huthis reivindicaram hoje um duplo ataque contra Israel e navios de guerra norte-americanos no Mar Vermelho e Mar Arábico.

O grupo xiita iniciou os ataques contra a navegação comercial na região do Mar Vermelho, em novembro de 2023, para prejudicar economicamente Israel, em alegada solidariedade com o Hamas na guerra na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que lançou dezenas de ataques diretos contra território israelita.

As ações dos Huthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, uma região vital para a navegação comercial, levaram ao início de campanhas de bombardeamento no Iémen por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido.

JRS (HB) // JMC

Lusa/Fim