O secretário regional de Agricultura e Pescas, Nuno Maciel, marcou presença este sábado na abertura da 1.ª edição da Festa Festa Cultural Sul-Africana - Madeira, que decorre no Centro Cívico da Ponta do Pargo, onde sublinhou a importância da multiculturalidade e do respeito mútuo entre diferentes comunidades.
Numa intervenção marcada pela emoção pessoal, Nuno Maciel revelou que este foi "o primeiro acto público enquanto governante na freguesia" onde nasceu, recordando: "Há 49 anos a minha mãe estava aqui, grávida, e daqui saiu para ir me ter ao Hospital do Funchal". O governante confessou que havia "muita emoção à mistura" ao estar na Ponta do Pargo, no concelho da Calheta, a celebrar esta festa luso-sul-africana.
O secretário regional elogiou a visão da Câmara Municipal da Calheta por apoiar este tipo de eventos, salientando, em nome do presidente do Governo Regional, a importância de "apoiar estes eventos que tornam todos os seres humanos mais próximos" e que "dignificam, respeitam e homenageiam aqueles que durante séculos, décadas e séculos fizeram a história da Região nos quatro cantos do Mundo".
Nuno Maciel destacou ainda o papel da organização - a ALSAP - Associação Luso-Sul-Africana de Portugal, presidida por Analiza de Sousa, sublinhando a importância de "fazer pontes" entre diferentes culturas. O governante aproveitou para abordar questões sociais contemporâneas, defendendo que "no actual contexto sociopolítico que se vive no nosso País, nos problemas ou nos desafios que a imigração se coloca, sendo nós uma terra de imigração, é de facto muito importante mantermos essa chama acesa".
Em nome do Governo Regional, Nuno Maciel condenou "de forma clara e sem qualquer problema todas as formas de segregação, todas as formas que ponham seres humanos contra seres humanos", reforçando que "para nós não há diferença entre seres humanos" independentemente da "condição social, condição económica, origem ou etnia".
O secretário regional evidenciou também os laços históricos entre a Madeira e a África do Sul, lembrando que "em cada madeirense há obviamente alguém na África do Sul" e que "lá onde está um madeirense está também um pouco da nossa terra, está também um pouco da nossa cultura, está também um pouco da nossa identidade".
Concluindo a sua intervenção, Nuno Maciel defendeu que "aquilo que nos une é sempre, mas sempre mais forte do que aquilo que nos separa", terminando com vivas à África do Sul, à Calheta, à Madeira e ao Mundo.
