
Apenas 11% das camas previstas no Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior estão prontas, segundo avança esta quarta-feira o Público. Entre as causas da demora estão a falta de propostas nos concursos de empreitadas e o aumento dos custos de materiais de construção.
O plano prevê a criação e remodelação de milhares de camas até meados de 2026 e, apesar de o objetivo continuar longe de ser alcançado, o Governo acredita no cumprimento dos prazos.
De acordo com o jornal, até abril, 2139 camas estavam 'concluídas', ou seja, apenas 11% das 19 mil previstas no projeto apresentado em 2018, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Deste total, 1162 são novas camas e as restantes 977 são resultado de intervenções de melhoria de alojamentos que já existem.
Em declarações ao Público, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação justifica a demora com "a ausência de propostas nos procedimentos concursais de empreitadas (...) e o aumento generalizado dos custos dos materiais de construção, que dificultam o cumprimento dos orçamentos iniciais e a viabilidade da execução dos referidos projetos dentro do prazo previsto”.
Criado em 2018 pelo anterior Governo, o plano tinha como meta 18 mil camas intervencionadas até 2026. O atual Governo atualizou o objetivo para as 19 mil camas.