As forças de segurança argentinas atacaram, na quarta-feira, manifestantes no início de uma marcha convocada por reformados, a que se juntaram adeptos de futebol, sindicatos e grupos progressistas.

A polícia e outras forças federais estavam estacionadas em vários pontos em torno do edifício do Congresso, no centro de Buenos Aires, e dispararam gás lacrimogéneo, balas de borracha e jatos de água de camiões contra os manifestantes, que incluíam idosos, mulheres e jovens.

A mobilização foi convocada para mostrar apoio aos pensionistas que todas as quartas-feiras protestam às portas do Congresso para exigir uma atualização das pensões, o restabelecimento da cobertura dos medicamentos e a continuação da moratória das pensões, que termina no final de março.

JUAN IGNACIO RONCORONI

"O trânsito não será cortado"

O Ministério da Segurança Nacional tinha avisado, na terça-feira, que iria impedir que os manifestantes cortassem as ruas ou se envolvessem em atos de violência.

"As nossas forças estão posicionadas para fazer cumprir o protocolo: o trânsito não será cortado", declarou na quarta-feira a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, nas redes sociais.

JUAN IGNACIO RONCORONI

Após o início da repressão, os reformados que habitualmente se manifestam deslocaram-se para um dos lados do edifício do Congresso.

Entretanto, os polícias avançaram, a pé e de mota, sobre outros grupos de manifestantes, principalmente sindicalistas e adeptos de futebol, para os obrigar a recuar e a afastarem-se do edifício parlamentar.

JUAN IGNACIO RONCORONI

Nesta manobra para encurralar os manifestantes, alguns reagiram atirando garrafas e pedras contra a polícia. Até ao momento, não há dados oficiais sobre feridos ou detidos.

Com Lusa