
Portugal bate este ano um recorde com 81 praias “ZERO poluição”, 22 a mais do que em 2024. Torres Vedras regista o maior número, seguida por Grândola, segundo a associação ZERO.
A partir de dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a ZERO identificou as 81 praias ZERO poluição em Portugal, considerando que "este objetivo é verdadeiramente aquilo que à escala europeia se deseja no quadro do Pacto Ecológico Europeu."
"Em 2025, as Praias ZERO Poluição representam 12 por cento do total das 673 águas balneares existentes, um aumento de três por cento, mais 22 praias em relação às 59 classificadas no ano passado."
As 81 praias ZERO estão distribuídas por 39 concelhos: 55 praias ZERO no Continente em 23 concelhos, 20 praias nos Açores em doze concelhos e seis praias na Madeira em quatro concelhos.
Os concelhos com maior número de praias ZERO poluição são Torres Vedras com 11 praias, Grândola com 7 praias, seguidos de Alcobaça com quatro. No entanto, os concelhos de Leiria, Machico, Pombal e Santa Cruz das Flores deixaram de ser representados, registando-se um total de 19 praias que saíram da classificação e 41 novas entradas.
" À exceção de duas praias " interiores ", todas as restantes praias são " costeiras ". Este facto é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal."
Uma praia ZERO poluição é uma praia onde não foi detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares (2022, 2023, 2024), sendo classificadas como praias com qualidade de água “excelente”.
Recomendações incluem frequentar apenas praias classificadas como zonas balneares
No domingo, cerca de um terço das praias portuguesas iniciam a sua época balnear. Nesse sentido, a ZERO mencionou alguns aspetos que considera cruciais para preservar a paisagem e os ecossistemas: frequentar apenas praias classificadas como zona balneares, encaminhar os resíduos para a reciclagem e não pisotear as dunas e outras áreas sensíveis.
A monitorização das águas balneares é uma competência legal da APA, no Continente, da Direção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM), nos Açores, e da Direção Regional do Ordenamento do Território e Ambiente (DTROTA), na Madeira.