
O Presidente de São Tomé e Príncipe destacou hoje o apoio de Portugal e Angola no percurso de 50 anos de independência de São Tomé e Príncipe e pediu convergência às forças políticas nas prioridades do país.
Carlos Vila Nova enalteceu, no discurso de quase uma hora no ato solene das celebrações de meio século de independência, as conquistas conseguidas, mas disse que "volvidos 50 anos (...) o país não está onde devia estar".
"Continuamos subjugados por grandes males, mostrando-se longínquo o futuro que sonhámos em 1975", afirmou o Presidente da República de São Tomé e Príncipe, apontando a insularidade, a dependência da ajuda internacional e "decisões menos acertadas" entre as razões para tal.
"As forças políticas não convergem sobre as prioridades e a melhor forma de conduzir o país", afirmou ainda o chefe de Estado, referindo a falta de infraestruturas essenciais, de investimento privado "insípido e que muitas vezes morre à nascença" e a falta de emprego, "sobretudo o emprego jovem".
"Mas nem tudo são espinhos (...) e o que falta não pode ignorar os ganhos", realçou também Carlos Vila Nova, que de seguida enumerou conquistas e agradeceu a todos os parceiros de cooperação, num discurso acompanhado pelo Presidente da Republica portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, além de altos representantes de outros países.
"Nesta trajetória contámos com os nossos parceiros", disse, agradecendo a todos, mas "reconhecendo de forma especial o apoio permanente de Portugal e Angola", que considerou "fundamentais no percurso" destes 50 anos e "desde os primórdios" da independência do país.