![Representantes dos Estados Unidos e da Rússia vão encontrar-se para discutir fim da guerra na Ucrânia — mas sem Zelensky](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
Apesar dos repetidos avisos de Volodymyr Zelensky de que não aceitará um acordo de paz sem a participação direta da Ucrânia, enviados dos Estados Unidos e da Rússia vão reunir-se na Arábia Saudita nos próximos dias para discutir a guerra na Ucrânia “com o objetivo de pôr fim” ao conflito que dura há quase três anos, relata a agência Reuters, que cita um legislador norte-americano e uma fonte familiarizada com o processo.
Do lado dos EUA, vão ser enviados o secretário de Estado Marco Rubio (que se encontra neste momento em Israel), o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz e o enviado da Casa Branca para o Médio Oriente, Steve Witkoff. Ainda não se sabe com que representantes russos vão conversar.
Segundo adiantou o representante republicano Michael McCaul à Reuters, o objetivo destas conversações é organizar um encontro entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, “para finalmente trazer a paz e acabar com este conflito”, que, na segunda-feira, dia 24, vai completar três anos.
Este iminente encontro segue-se a uma conversa telefónica de mais de uma hora, na última quarta-feira, entre Trump e Putin para ambos iniciarem “imediatamente” negociações para um cessar-fogo. E vai realizar-se, também, contra a vontade de Zelensky, que tem sublinhado nos últimos dias que a Ucrânia tem de ser parte da equação.
Ainda este sábado o Presidente ucraniano reiterou que nunca aceitará um acordo de cessar-fogo com a Rússia que não inclua o seu país. “A Ucrânia nunca aceitará acordos [de paz] feitos nas nossas costas, sem o nosso envolvimento”, declarou durante o seu discurso na Conferência de Segurança de Munique, que termina este domingo na cidade alemã.
Zelensky também quer que as conversações para o plano de cessar-fogo incluam a Europa, no entanto, parece que essa condição tampouco vai ser cumprida — e quem o disse foi o próprio enviado especial de Donald Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg. Questionado na conferência de Munique sobre se a Europa estaria presente nas conversações planeadas, Kellogg disse ser da “escola do realismo” e garantiu que “isso não vai acontecer”.