A presidente da Assembleia Legislativa da Madeira também marcou presença nas comemorações do Dia do Concelho da Calheta, que tiveram lugar na manhã desta sexta-feira, no Porto de Recreio.

Na sua intervenção, Rubina Leal fez questão de destacar o papel do poder local como elemento “estruturante da coesão social e territorial”. Embora reconheça a proximidade de caracteriza o trabalho das autarquias, a presidente do parlamento madeirense não esquece as “limitações materiais, jurídicas e organizacionais”, que constrangem, com frequência, a sua actuação.

Com “orçamento curto” e “burocracias que retardam”, a parlamentar notou que “muitas câmaras municipais têm sabido transformar a adversidade em oportunidade, a escassez em inovação e o constrangimento em estratégia”. Postura que reconhece à Calheta.

“Aqui soube-se investir no território sem perder a alma, promover a valorização turística sem descuidar o património e dinamizar a economia sem sacrificar a coesão territorial e social”, frisou. Nesse âmbito não poupou nos elogios a Carlos Teles, que “deixa um legado pautado pela proximidade, pela estabilidade, pela visão estratégica e por um compromisso claro com o bem comum, nunca deixando para trás ninguém”.

Ao “tecido vivo” da Calheta, Rubina Leal reafirmou o respeito, no parlamento, pelas autonomias locais. “A cooperação institucional entre a Assembleia e os municípios é, pois, um imperativo de boa governação. Uma governação que não se mede apenas em indicadores económicos, mas sobretudo na qualidade de vida das pessoas, na confiança das populações, nas suas instituições e na capacidade de criar um futuro com raízes no presente”, sustentou perante uma plateia com várias figuras regionais.