
Foi no âmbito do encontro que manteve esta tarde com os conselheiros da diáspora madeirense que a presidente da Assembleia Legislativa da Madeira propôs a criação de um círculo eleitoral próprio para as comunidades madeirenses espalhadas pelo Mundo, representando cerca de um milhão de pessoas.
Rubina Leal, abordando o papel que os emigrantes têm desempenhado ao longo do processo autonómico, realçou a necessidade de o parlamento madeirense reflectir essa realidade, propondo, por isso, a criação desse novo círculo eleitoral, "uma medida que visa garantir uma representação política efectiva da diáspora, reconhecendo o seu papel fundamental no progresso da Madeira", lemos numa nota enviada às redações.
Nesse mesmo documento, a presidente da Assembleia Legislativa da Madeira refere que “a Constituição, por vezes apontada como motivo para não se avançar com esta medida, não pode ser um entrave à democracia, nem à representatividade do povo madeirense. A Constituição não pode atrapalhar o funcionamento da Autonomia. A Democracia não funciona na plenitude quando não permite a manifestação da vontade dos eleitores, através do voto, na eleição dos órgãos de governo próprio da sua Região”.
Tomando como exemplo a realidade do parlamento nacional, que conta com círculos eleitorais para a Europa e para fora da Europa, Rubina Leal defendeu que a Madeira também deve assegurar idênticos direitos aos emigrantes madeirenses em relação ao parlamento da sua Região.
O momento serviu, também, para a presidente do parlamento regional dar a conhecer o funcionamento da Assembleia e abordar alguns temas de interesse para aquelas comunidades, nomeadamente a facilidade de aceder ao voto nas Eleições Legislativas nacionais e a necessidade de melhorar as ligações aéreas com as principais comunidades madeirenses no estrangeiro, questões acolhidas e que registaram a participação dos conselheiros, que deram a conhecer as diversas realidades da diáspora.
Rubina Leal fez, igualmente, questão de convidar todos os conselheiros a participarem nas comemorações dos 50 anos da Autonomia madeirense, que se assinala este ano.