O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversaram esta sexta-feira à tarde ao telefone sobre a guerra na Ucrânia. O telefonema foi criticado pelo Presidente ucraniano.

Foi a primeira conversa entre os dois líderes em dois anos.

O chanceler alemão pede a Putin para retirar as tropas do território ucraniano e sublinha que a Alemanha continuará a apoiar a Ucrânia.

Já o Presidente russo disse ao chanceler alemão que a proposta de paz para a Ucrânia deve ter em conta "novas realidades territoriais", exigindo que Kiev abdique das regiões ocupadas por Moscovo.

A proposta de paz, de junho passado, inclui a retirada das tropas ucranianas do Donbass e do sul do país, e ainda a renúncia de Kiev à adesão à NATO.

"Os potenciais acordos devem ter em conta os interesses de segurança da Federação Russa, basear-se em novas realidades territoriais e, acima de tudo, abordar as causas profundas do conflito", de acordo com um comunicado do Kremlin que resume as observações de Vladimir Putin durante a conversa telefónica com Olaf Scholz, a primeira nos últimos dois anos.

Antes da chamada, Scholz falou com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que alerta que a conversa com Putin contribui para a aproximação do ocidente à Rússia.

Em declarações a uma emissora ucraniana, Zelensky diz ainda que a guerra na Ucrânia terminará mais cedo com Donald Trump à frente dos dos Estados Unidos.

O Presidente ucraniano volta a pedir uma paz justa para Kiev.