Já chegaram à Síria várias tropas iraquianas apoiadas pelo Irão. Os militares estão a dirigir-se para a região norte para reforçar o combate à ofensiva rebelde lançada na semana passada.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão diz que, a pedido de Damasco, vai manter no terreno os responsáveis militares.

Entre os reforços que chegaram agora ao terreno estão também combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah - um dos aliados do regime de Bashar al-Assad.

O que se passa na Síria?

Na semana passada, uma coligação de grupos rebeldes liderados pelo grupo islâmico HTS, antigo ramo sírio da al-Qaeda, lançou uma ofensiva relâmpago mortal e tomou controlo da maior parte de Alepo, a segunda maior cidade do país, e de várias outras cidades no norte do país.

O grupo é considerado um dos mais “mortíferos” na luta contra o regime de Assad. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) avança que, desde o início desta ofensiva, já morreram 61 civis, 137 membros das forças pró-regime de Bashar al-Assad e 214 rebeldes.

No entanto, há mais civis a fugir do território controlado pelo regime para as zonas rebeldes do que o contrário. E desde que os rebeldes tomaram o controlo de Alepo e de várias outras cidades sírias, começaram a regressar a casa civis que estavam deslocados há anos.

“O importante é que estou no meu país, em casa. (...) Estamos de volta, em segurança e com saúde. Voltámos quer Assad goste ou não”, relata Youssef, de 65 anos, um dos deslocados sírios.

Presidente da Síria promete "força" para erradicar "terrorismo"

No passado domingo, o Presidente sírio prometeu usar a "força" para erradicar o "terrorismo".

"O terrorismo só compreende a linguagem da força e é com essa linguagem que o vamos quebrar e eliminar, sejam quem forem os seus apoiantes e patrocinadores", disse al-Assad.