"Terei ouvido o ex-presidente Medvedev deixar escapar a 'palavra começada por N'? Nuclear!", perguntou Trump na sua rede social, Truth Social.

"Ele disse mesmo isso, ou é apenas produto da minha imaginação? Se ele disse isso e for confirmado, por favor, avisem-me imediatamente", pediu, sem se referir a ninguém em particular.

"Suponho que é por isso que [Vladimir] Putin é 'o chefe', acrescentou Trump, numa mensagem em que voltou a defender o poder militar dos Estados Unidos, um dia após os bombardeamentos de três instalações nucleares do Irão.

Donald Trump deu como exemplo dessa capacidade militar, que tem "20 anos de avanço", os submarinos nucleares, "as armas mais poderosas e letais alguma vez construídas" e a partir dos quais foram lançados no domingo 30 mísseis Tomahawk que "atingiram perfeitamente" o alvo.

Israel lançou a 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.

Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordo, e foram também eliminados comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.

As autoridades da República Islâmica indicaram que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 400 mortos e 3.056 feridos, ao passo que o Governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas e ferimentos em 1.272, em território israelita.

No sábado, o conflito assumiu uma nova dimensão com a entrada dos Estados Unidos na guerra, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear do Irão, entre as quais a unidade de Fordo, com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, e com Trump a ameaçar o regime teocrático de Teerão de mais ataques, se "a paz não chegar rapidamente".

A operação norte-americana que devastou o programa nuclear iraniano resultou de meses de preparação e não visou militares nem a população civil do Irão.

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