
Longe de fazer uma boa partida e tendo acumulado muitos erros individuais, o Botafogo esteve encostado às cordas pelo Atlético de Madrid, acabou por ceder perto do final (1-0), mas carimbou o bilhete para os oitavos de final do Mundial de Clubes. Já a formação da capital espanhola fica pelo caminho e é a primeira equipa europeia a sair de cena.
Apesar da derrota no Rose Bowl, o conjunto alvinegro qualificou-se em segundo no grupo devido à diferença de golos, uma vez que o Atleti foi goleado pelo PSG na estreia na competição. Já os parisienses continuam em primeiro, após uma vitória indiscutível sobre o Seattle Sounders.
O adversário dos brasileiros e franceses será decidido no grupo A, onde o Palmeiras leva vantagem e está a um empate frente ao Inter Miami de seguir em frente na liderança. Portanto, há uma grande possibilidade de termos um confronto brasileiro nos oitavos...
Botafogo começa bem, mas acaba encurralado
O início do Botafogo foi promissor. Sem grande pressão do Atlético de Madrid, que praticamente não criou perigo nos primeiros momentos do jogo e em 4-3-3, a equipa de Renato Paiva conseguiu controlar bem o adversário, com boas dobragens de marcação e coberturas.
A primeira grande oportunidade de golo foi mesmo do Botafogo. Igor Jesus iniciou um contra-ataque com Jefferson Savarino que ficou frente a frente com o guarda-redes. O venezuelano teve a oportunidade de finalizar pela esquerda, mas preferiu o lado oposto, rematando rasteiro para defesa importante de Jan Oblak.
À medida que a primeira parte avançava, o excesso de confiança do campeão brasileiro começou a atrapalhar. Alexander Barboza cometeu erros em duas saídas pela esquerda, o trio de médios falhou no capítulo do passe e o jogo perdeu fluidez.
Tendo isso em conta, os colchoneros foram crescendo ao longo da primeira parte. De Paul apareceu como opção no último terço pelo lado direito e, numa dessas jogadas, fez um excelente passe na área para Julián Álvarez. O argentino rodou e rematou cruzado, com muito perigo.
Já perto do intervalo, após mais uma bola na área, Julián Álvarez reclamou um penálti por toque de Gregore. O árbitro foi chamado ao VAR, mas acabou por assinalar falta de Alexander Sorloth sobre Jair pouco antes. Sorte para os cariocas, que ansiavam pelo intervalo.
Continuou a pressão
O cenário foi exatamente o mesmo no regresso para a segunda parte: Botafogo a cometer muitos erros e o Atlético a pressionar. Diego Simeone voltou do intervalo com Griezmann no lugar de Gallagher e a equipa espanhola passou a atacar em 4-2-4.
Com isso, o Botafogo mal viu a bola nos primeiros minutos do segundo tempo, limitando-se a defender junto à respetiva área. Com a entrada de Ángel Correa, os espanhóis ganharam mais um atacante e a pressão aumentou ainda mais. Llorente combinou com o argentino pela direita e cruzou para Sorloth, que teve tudo para marcar de cabeça, mas falhou novamente.
As entradas de Montoro e Cuiabano melhoraram a equipa de Renato Paiva, que conseguiu ter alguns momentos de posse, embora nunca afastasse completamente o sufoco. Num contra-ataque, o Fogão ainda dispôs de uma oportunidade para vencer o jogo. Cuiabano tabelou com Montoro e cruzou para Igor Jesus, que parou numa grande defesa de Oblak.
Depois do susto, a pressão espanhola continuou, e Antoine Griezmann após jogada de Correa pela direita, completou de letra na pequena área, mas concluiu para fora. Outra oportunidade desperdiçada com o relógio a contar cada vez mais depressa...
Até que, já perto do fim, um novo erro do Botafogo na saída foi punido de vez. Julián cruzou da esquerda e Griezmann apareceu sozinho na área para finalizar. Apesar de se encontrar em vantagem, o tempo foi um inimigo incontestável: sem jogar bem, sofrendo durante 90 minutos, o Botafogo avançou mesmo com a derrota.