Benfica é novamente campeão nacional de futsal, seis anos depois. Os encarnados, ao fim de cinco jogos eletrizantes, conquistaram o seu nono título nacional. No derradeiro jogo, o Benfica venceu o Sporting CP, por 3-4, e impediu o pentacampeonato leonino, em pleno Pavilhão João Rocha.

Curiosamente, a última vez que o campeão nacional foi decidido no quinto jogo foi na época 2018/2019, onde as águias levaram a melhor frente ao Sporting e levantaram o troféu pela última vez. Passaram-se seis anos e a história repete-se.

O primeiro jogo desta final terminou empatado, após um 4-4 no prolongamento e teve que ser decidido nas grandes penalidades, onde o Benfica saiu vencedor. Este que foi o quinto confronto da época entre as duas equipas.

No Pavilhão João Rocha, os visitantes entraram melhor e chegaram à vantagem, na sequência de uma combinação entre Jacaré e André Coelho, com o internacional português a fazer o primeiro da partida. O golo sofrido fez o Sporting crescer e empatou à lei da bomba. Wesley com um remate potente ao ângulo fez o 1-1.

O equilíbrio manteve-se, mas foram as águias que voltaram a adiantar-se no encontro. Silvestre Ferreira rematou de pé esquerdo e a bola passou entre as pernas do guarda-redes leonino. A resposta do Sporting foi imediata e Zicky Té num remate à meia volta fez o empate. Caminhávamos para o final da primeira parte e o Benfica volta a marcar, por intermédio de Ivan Chishkala.

Em toda a segunda parte só tivemos um golo, mas oportunidades não faltaram. Zicky recebeu a bola nas costas de Raul Moreira, virou-se e rematou forte, sem qualquer hipótese para Léo Gugiel.

À semelhança do tempo regulamentar, o Benfica começou o prolongamento melhor e Carlos Monteiro colocou as águias, novamente, em vantagem. Contudo, Zicky estragou a festa encarnada ao fazer um hat-trick e a levar o jogo para o duelo das grandes penalidades.

O Benfica não desperdiçou nenhum penalty, ao contrário do Sporting, onde Taynan na terceira tentativa leonina atirou a bola ao poste. As águias partiam, assim em vantagem para o segundo jogo da final.

No segundo encontro desta final, o Sporting empatou a eliminatória depois de vencer o Benfica, por 1-3. Neste jogo, a turma de Alvalade teve duas ausências de peso, a de Pauleta, devido a lesão e a de Taynan, que estava castigado.

A equipa comanda por Cassiano Klein começou, novamente, melhor e abriu o marcador por Jacaré, aos três minutos. O Sporting assumiu as rédeas da partida e aos 12 minutos já estava na liderança. Rocha, após uma grande jogada individual, fez o empate e Tomás Paçó, na sequência de uma bola parada, fez a reviravolta leonina.

Na segunda parte, o equilíbrio manteve-se e, somente, nos minutos finais é que o marcador se alterou. Diogo Santos, que teve muitas oportunidades para aumentar a vantagem, fechou o resultado aos 33 minutos. Num ataque rápido, Zicky ofereceu a bola a Diogo Santos, que desta vez não desperdiçou.

O jogo terminou com a vitória verde e branca e vamos para o terceiro jogo da final, no Pavilhão João Rocha, com a eliminatória empatada.

O jogo três foi um autêntico atropelo por parte do Sporting. A equipa de Nuno Dias derrotou o Benfica, por 5-1, e pela primeira vez estava em vantagem nesta final. Com esta vitória, os leões só precisavam de vencer o próximo jogo para se tornarem pentacampeões nacionais.

O rugido do leão fez-se logo sentir no primeiro minuto de jogo. Alex Merlim concluiu um contra-ataque iniciado por Bernardo Paçó e colocou o Sporting em vantagem. A superioridade dos leões era notória e no minuto seguinte, Wesley fez o 2-0. O Benfica tentava responder, mas sem sucesso e viu o regressado Taynan a aumentar o marcador.

A fome do leão continuava, mesmo com uma boa vantagem, e Zicky abriu a segunda parte com o quarto golo da partida. Merlim fez das suas habituais magias e aumentou a contagem, aos 25 minutos. O Benfica, a fechar o encontro, conseguiu o golo de honra, por parte de Chishkala.

Grande prestação do Sporting, que só precisa de mais uma vitória para conquistar o 20.º título da Liga Portuguesa de futsal. Nuno Dias, certamente, não se esquecerá deste jogo pela goleada frente ao rival, mas também por ser o jogo 600 no comando do Sporting.

No jogo quatro, o Sporting só precisava de vencer para se tornar campeão, mas o Benfica forçou o quinto jogo, ao vencer os leões, por 7-5, após prolongamento, num dos melhores jogos da temporada.

Na primeira jogada do encontro tivemos logo um golo. Diogo Santos assistiu Taynan que fez o 0-1. A resposta do Benfica foi imediata com Higor de Souza a fazer o empate. As águias dominavam a partida e Chishkala operou a reviravolta encarnada.

O Sporting depois de estar em desvantagem começou a equilibrar o jogo e através de Rocha o marcador ficou, novamente, empatado. Até ao final da primeira parte, as duas equipas tiveram chances claras de golo, mas viram os guarda-redes e os postes a negá-las.

O início do segundo tempo foi frenético, tal como, o da primeira parte. Taynan colocou o Sporting na frente do marcador. O cazaque bisava na partida. No minuto seguinte, Higor restabeleceu a igualdade. Estes primeiros minutos foram um autêntico déjà-vu.

A sete minutos do fim, contrariedade para equipa leonina. Bernardo Paçó foi expulso e o Benfica aproveitou a superioridade numérica para estar por cima do marcador. Higor voltou a marcar e colocou o Benfica em vantagem. Este não seria o único hat-trick da partida, porque Taynan empatou a partida no minuto seguinte.

Arthur, nos primeiros segundos do prolongamento, marcou um golaço e fez o 5-4. Zicky empatou a partida aos 42 minutos. De livre direto, Chishkala bisou na partida e colocou o Benfica em vantagem para a segunda parte do prolongamento. O ala russo faria o terceiro hat-trick da noite e fechou o resultado em 7-5.

O quinto jogo disputado no passado domingo ditou o novo campeão nacional. No derradeiro jogo tivemos emoção, drama e sobretudo espetacularidade. O Benfica com uma reviravolta nos minutos finais conquistou o título que fugia há seis anos.

A jogar em casa, o Sporting até começou melhor com Zicky a fazer o primeiro, aos três minutos. Os leões mandavam no encontro e Alex Merlim dilatou a vantagem. Após uma grande jogada individual, o italiano de 38 anos rematou ao ângulo. O Benfica acordou depois da entrada fugaz do Sporting e através de Diego Nunes reduziu para 2-1.

Os encarnados estiveram melhor até ao final do primeiro tempo, mas o marcador não se alterou. O início da segunda parte para o Sporting foi trágico. Merlim foi expulso e o Benfica chegou logo ao empate, por Arthur.

O jogo aproximava-se do fim, e um golo poderia ditar o vencedor do encontro. Após muitas oportunidades desperdiçadas de parte a parte, Taynan colocou o Sporting na frente do marcador. No Pavilhão João Rocha já se cheirava a pentacampeonato, mas no futsal tudo é possível.

Aos 36 minutos, Cassiano Klein apostou no 5×4 e resultou na perfeição. Henrique não conseguiu intercetar um cruzamento de Lúcio Rocha e Diego Nunes, ao segundo poste, só teve que encostar. No minuto seguinte, Léo Gugiel rematou de longe e Afonso Jesus com um toque sublime desviou a bola para o fundo da baliza.

Pela primeira vez em vantagem no encontro, o Benfica conseguiu segurar o resultado até ao final, mas ainda passou por um valente susto. Tomás Paçó aproveitou uma bola perdida e tinha tudo para levar o jogo para prolongamento. Contudo, o remate esbarrou numa parede chamada Léo Gugiel. O guardião brasileiro foi considerado o Melhor Jogador e Melhor Guarda-redes das finais.

A buzina tocou e o SL Benfica tornou-se no novo campeão da Liga Portuguesa de futsal. Cassiano Klein conquista assim o seu primeiro troféu ao serviço do Benfica. O treinador brasileiro chegou esta época ao clube da Luz e já está a dar muitas alegrias aos adeptos benfiquistas.